Me perguntaram porque eu escrevo. E me deram a resposta pronta e que é a verdadeira. Escrevo porque gosto. Escrever sem gostar seria falsear tudo. E mesmo antes de começar a escrever eu gostava de fazer o bem. E isto tem a ver com o que escrevo. Procuro escrever bem para provocar o bem.
E como se provoca o bem? Eu acho que é simples, mesmo no tempo em que eu apenas lia. Eu lia e pensava. Pensar é refletir, para mim é. E quando escrevo penso em minhas reflexões passadas. Alguma anotadas, não todas. Se quiserem me classificar como um homem do passado, o que eu posso fazer?
Não podemos escrever sem conhecer um pouco ao menos da literatura que foi feita antes de nós. E minhas reflexões e minhas produções literárias tem muito a ver com meu passado de leitor. O trabalho me ajuda muito nos teclados do computador, porque eu trabalhei muito datilografando. Isso ajuda na rapidez do registro de minhas estórias quando estou fazendo literatura.
Eu procuro não fazer política literária. Posso ter minhas falhas, mas política literária eu não faço. Só dou sentido aqui do que penso, neste momento, porque enquando eu vivo este momento eu me entusiasmo.