Fui a um baile uma vez. O baile era animado por um cantor. Que por sinal era ruim. E, por isso, o cantor foi vaiado. Ele, o cantor, imitando não sei quem lá, desceu do palco e gritou: "Vocês que me vaiam, vão lá e cantem." Num instante o baile se esvasiou. O cantor pelo menos naquele dia perdeu o seu ganha-pão. Quer dizer, não se deve fazer o que ele fez. A mesma coisa com a escrita. Pouca gente aprende a escrever sem ler. Sem ler textos literários. E aí os autores sabem se defender. Sem brigar, sem xingar, os autores dizem: "Isto não, porque isto eu escrevi antes de você." E assim vai o mundo. E assim vai a escrita. O ato de escrever se renova de autor em autor. Para isso se tem o recurso das idades. Quer dizer quantos menos anos de idade tiver um autor mais considerado ele será.
Agora, existem muitos leitores. E dentre estes muitos leitores, muitos interesses. È melhor procurar a estética do texto para escrever. Quanto mais belo for o escrito, mais defensável será o texto. Eu sempre defendo literariamente o belo. O belo escrito, bem entendido. O belo escrito deve ser verossimelhante e em português correto. No meu aprendizado de escrita eu aprendi que se dizemos que isto é assim ou assado, podemos ser convocados a dizer de onde tiramos isso ou aquilo. No meu conto de hoje, a estória de um divorciado, de uma empregada e a mãe do divorciado, antes eu li um teórico da Igreja Católica que disserta sobre a problemática dos divorciados. Este teórico se chama Prof. Felipe Aquino. O texto dele que li:Os divorciados e os recasados.