Eu não sei se o que vou contar é bom. Mas devo criar coragem e ir à frente. Eu tenho meus vinte anos de atividade na atividade literária. Considerável é a minha persistência. Porque eu me considero apenas mais um escriba. Mas de tanto ler fiquei educado, mas não delicado. Sensível eu sou. Sensível à palavra. E uma mulher atravessou meu caminho um dia. Ela era pobre, E estava carregando um peso. Mas peso mesmo, era uma trouxa de roupas que ela deveria levar para casa. E no outro dia, lavar.
Eu abri a porta do meu carro para ela. Mas abri a porta do carro não como estes paqueradores o fazem. E disse a ela:
- Olha, não me confunda com um sem-vergonha qualquer que ande por aí.
- Eu nem sei o que quer o senhor - disse ela.
- Não quero nada, só ajudar. Se eu puder lhe dar uma carona. A senhora com esta trouxa, poderá chegar em casa mais tranquila.
- Olha, moço, eu quase não acredito.
E fomos eu e ela pelo asfalto. Quando ela desembarcou do meu carro, ela me disse:
- Moço, Deus te ajude.
O que eu aprendi, porque eu sempre aprendo alguma coisa. O que eu aprendi, e quero repassar é:
"Qualquer pessoa bem tratada, tratada com educação lhe devolverá a boa educação."
Ou trocando em miúdos: "Gentileza gera gentileza." Mas ninguém deve trapacear.