Faço dos meus Setenta, uma reflexão
Aristides Dornas Júnior
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 21/12/24 15:42
Editado: 21/12/24 15:48
Gênero(s): Reflexivo
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 2min a 3min
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Palavras: 406
[Texto Divulgado] "O Escritor Pobre" Ele tinha um sonho: ser escritor. Arrumou um emprego e com o salário passou a comprar livros. Lia muito e escrevia muito também. Suas ficções lhe davam prazer. Um dia ganhou um prêmio. Mas continuou pobre.
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Faço dos meus Setenta, uma reflexão

Enfim aqui chego. Este ano de 2024 foi de comemorações. Comemorei primeiro meu aniversário literário. Era de se contar mais alguns anos. Mas os marcos públicos, ou seja, os textos publicados desapareceram. Ficaram apenas publicações de cerca de vinte anos. E tenho então vinte anos de atividades literárias.

Claro, minha família de origem é muito importante nisto. Se não fosse ela, que seria de mim. E se eu não estivesse por aqui, o que seria de meus escritos.

Não foi um caminho fácil. E como dizia Drummond, tiveram muitas pedras no caminho. Removidas as pedras, encontro-me na maior felicidade.

Estou plenamente comprometido com três Academias de Letras. E para isto a elas devo apresentar de vez em quando minha literatura. Que quando posso eu mando os meus livros pelos Correios.

Pensei que ia fazer ficção disso tudo, mas quem sou eu. Tudo que eu escrevi acima é verídico. E as duas datas de aniversário, a de ficção e a de meu nascimento, se festejaram este ano. O que muito me alegrou.

Os anos de ficção comemorei por escrito participando da antologia ALÉM DO TEMPO, com o texto COMEMORO ANIVERSÁRIO LITERÁRIO. E a de nascimento, comemorei com a vinda de meus irmãos. Já que minha mãe faleceu. E eu e meus irmãos fomos a um restaurante e almoçamos alegremente.

Agora, vamos refletir um pouco sobre isso. Uma vida ativa, fazendo o que mais gosto de fazer. Escrevendo. E lendo. Com todo o tempo do mundo para tal, eu nem senti chegar os setenta. E nem sentir passar o tempo, parece que não acontece nada na vida da gente. Mas acontece. Refletindo: eu parei para pensar sobre as mudanças na minha vida. Poucas, eu teria que contar efetivamente. Mas me lembrando de um comercial na TV: NOVOS LUGARES, NOVAS PESSOAS, eu me disse:

- Nada mais verdadeiro.

E aqui conheci novas pessoas de fato. E esta cidade a que cheguei, cheguei sem estranhá-la. Claro, é uma cidade do interior, brasileira. E as gentes aqui, embora com jeito diferente, era só o jeito, já me habituei. E somos todos mineiros, todos brasileiros. E me disse:

- O Brasil ainda é o melhor país para a gente viver.

E olhem, eu estou com meus setenta anos de idade, às vésperas dos meus setenta e um anos de idade. E ainda lendo muito e escrevendo na medida do possível. E se você achar que essa não é uma reflexão,o que eu posso fazer?

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Comentários (1)
Postado 21/12/24 17:49

Ôh, seu Aristides, comecemos pelo que urge: felizes aniversários! Creio que cai bem comemorar duas bodas no mesmo ano, e que venham muitas mais!

Gostaria de mencionar que é pra lá de bom ler um texto que faz uso do pronome mais gostoso - e injustiçado - da língua portuguesa. A gente. Soa bem, não acha? A gente ama, a gente vive, a gente escreve. É uma pena que mais gentes não aproveitem esse pronome em seus escritos.

Postado 21/12/24 20:12

Obrigado pelos parabéns. E que bom que você tenha gostado do "a gente". Porque na verdade eu ouço a toda hora: - A gente consegue" -" A gente chega aí" e no modernismo brasileiro houve uma discussão para saber se valia a pena escrever como se fala.