Ele voltava de mais uma de suas longas guerras. A noite nao tinha lua, o céu estava de um estranho rubro, ou talvez fosse a cor do sangue em suas lembranças.
Chegou a entrada do reino, onde dois freis, aterrorrizados, lhe disseram: Senhor.... sua esposa....
Ele nao esperou a conclusão da frase. Nao esperou sequer uma fração de segundo. Adentrou com violência o castelo e ali viu seu antigo companheiro de guerra, com a espada cravada em sua amada.
O sangue dela no chão fazia a silhueta de um coração, uma imagem um tanto peculiar.
Ele endendeu a mensagem. Mesmo na morte, ela fora fiel.
Sua ira se ergueu como chamas. E sacando sua lança, investiu contra o traidor.
Sangue e morte ocorreram em um segundo. E todos os homens do reino o viram ir em direção a capela.
Ele adentrou o local e atirou lança e corpo contra a cruz, num ato blasfemo. Em plena missa de ação de graças.
E disse: até meu ultimo dia de vida eu vou caça-los, vou matá-los e fazer de seus corpos e mentiras meu jardim. A fé dela não a protegeu. Não protegera a você.
O arcebisbo gritou : Isso é loucura. Isso é blasflêmia.
Ele riu..... e sacando sua espada, decapitou o homem. O sangue rubro esguichou nas paredes. O corpo que iria ao chao foi atravessado pela espada.
E ele, cravando-a no altar, disse : Abandonem todas as suas esperanças! O sangue é vida e ele me pertence.