Um soco no estômago teria doído menos. No início, pensei que se trataria de mais um poema cotidiano. E não deixa de ser. Mas não é o meu cotidiano, é o cotidiano de alguém que não teve as mesmas oportunidades que eu e quem sabe, também não terá as mesmas expectativas que eu.
Alguém que não terá o luxo de desprezar as coisas que eu desprezo e muito menos terá o tempo para conflitar aquilo que eu conflito porque a realidade dele é diferente da minha. E aí está a questão, o que eu faço para mudar isso?
Estou fedendo.
Minha aparência
(Minha existência)
Já foi dito acima que o ser humano fede. Que o ser humano é um monstro e realmente é. E a gente fede. Fede a carniça. Tentamos "salvar" o que destruímos e destruímos mais ainda ao "tentar" salvar.
E caramba, esse texto é necessário, merece ser gritado, merece ser proclamado porque a gente espera ver o nosso cotidiano. A gente espera ver coisas boas que acalentam o coração e quando recebemos o contrário, nós ficamos estupefatos. Ficamos surpresos. E eu espero que essa surpresa seja para um fim de melhoria. Um fim de empatia, de ação. Algo que acorde as pessoas ao cotidiano dos outros. Um cotidiano que infelizmente foi privado de elementos básicos da existência.
Muito,muito,muito,muito,muito obrigada por ter compartilhado esse texto conosco. Todo sucesso nesse concurso, mas principalmente espero de coração que as pessoas possam ler o seu texto e se inspirem a tomar uma ação.