O vazio suspira em meio
a halls abandonados, deixados
dentre as torres e alas
abertas ou trancadas,
sem nada
A poeira carrega-se por
mesas e paredes cuja tinta
desgastada ocupa o espaço
onde um dia eles todos
habitavam
Livros e manuscritos
esquecidos, em prateleiras
e estantes que estendem-se
por uma biblioteca
em branco
E nada se ouve
Nada, além do vento
Nada, além dos fanstasmas
do que um dia foi
e não é mais
E assim está há eras
Desde que ele se foi,
e ela se foi, e eles se foram,
e nós também fomos,
e ninguém veio
E este templo onde tantos
viveram, compartilharam,
contaram e ouviram, e leram,
e brincaram, e se mataram,
morreu
E o tempo passou
e passou
e passou
e...
passou
Até que a porta rangeu