Banquinho
Lirismo Defeituoso
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 14/07/16 00:05
Editado: 14/07/16 00:18
Gênero(s): Drama Reflexivo
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min
Apreciadores: 7
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Palavras: 206
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Banquinho

“Você não entende, não entende!” - ela repetia - e eu, de fato, não entendia.

– O que você quer dizer com isso, moça? O seu banquinho continua ali, intacto. Qual o seu problema?

– Ah, esse é seu problema, menina. Você também não me entende! Ele foi embora! E destruiu meu banquinho preferido! Eu meditava lá, sabia?

– Mas o que há de errado com o banco? Posso te ajudar?

– Ninguém pode, menina!

Aquele era o meu banco, quando eu ficava triste, me sentava ali, de frente pr’aquela árvore e via aquele João-de-barro trabalhando incansavelmente… era terapia pra mim. Só que um dia, o conheci, nesse mesmo banco. E aí amei ainda mais o banco. Parecia que ele me dava sorte (o banco, claro). Anos e anos, moça… TINHA UMA VIDA NAQUELE BANCO!

Mas ele me deixou, moça. Nem se despediu… Aquele banco é meu castigo, tem fantasmas nele, acredite em mim! O João-de-barro me assusta. Até o vento é assustador, moça!

Então, não, você não pode me ajudar.

E, naquele dia, vi quanto o sentir doía…

A gente nunca sabe se é só um banco ou uma vida. Mas agora eu aprendi que “destruir” não é só físico.

Então comecei a questionar… “Sou eu também banquinho a me destroçar?”

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Apreciadores (7)
Comentários (2)
Postado 14/07/16 00:13

É triste o quão presente pode se fazer uma ausência...

Ótimo texo! ^^

Postado 17/10/22 16:02

Para dizer a verade eu não entendi nada do banquinho kkkk

Mas acho que entendi que o texto é sobre ausências...

E desse tema eu gostei demais...