Todas as Criancinhas
Calígula
Tipo: Lírico
Postado: 08/07/16 23:45
Editado: 08/07/16 23:48
Gênero(s): Reflexivo
Tags: Infância
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min
Apreciadores: 9
Comentários: 5
Total de Visualizações: 964
Usuários que Visualizaram: 15
Palavras: 179
[Texto Divulgado] "Não Pare de Olhar" Uma mulher, isolada em seu apartamento, começa a acreditar que está sendo observada por alguém no prédio em frente. A paranóia começa a crescer levando o limite entre sanidade e loucura se tornar cada vez mais tênue.
Livre para todos os públicos
Notas de Cabeçalho

É um jeito estranho de dizer algo dizendo exatamente o contrário.

Capítulo Único Todas as Criancinhas

Venha deitar, sonhar quietinha com o sol de um paraíso

Descansar, assim feliz no sonho de um outro mundo

Lá, onde as borboletas não possuem a cor do sangue

Lá, onde as abelhas não picam com a lança do destino

Onde os campos não são violados, não morrem as flores

Onde o cervo dança e quase canta, não cai e é esfolado

Venha deitar, sonhar quietinha nas estrelas calmas

Descansar, assim tranquila na fantasia de nenhum mundo

Lá, onde os cães não ladram e homens não ordenam

Lá, onde o corvo não é solitário e o nunca mais não há

Onde fundem as luzes de um sorriso, não é triste a lágrima

Onde brilham chamas sem cor ou som, não queima o astro rei

Venha deitar, esquecer contente o que rasteja sob o céu

Descansar, assim serena na miragem de um amor

Lá, onde todas as criancinhas são alegres e brincam

Lá, onde não crescem os membros e não morre a consciência

Onde sempre correm os livres cavalinhos, não fugindo dos cruéis

Onde passeiam os sonhadores, não precisando acordar

❖❖❖
Notas de Rodapé

Ah, vá lá, culpem quem quiser.

Apreciadores (9)
Comentários (5)
Postado 09/07/16 00:20

Muitooo massa, cara! Parabéns. Meio macabro, mas o que não é nessa vida?

Postado 15/07/16 10:37

Que bom que gostou! Ah, sinceramente achei esse até meio "leve", mas, né... No fim nem sei. Infortunada vida...

Postado 09/07/16 12:37

Belíssimo!

Falar da dor do mundo, mostrando a delicadeza do amor.

Você foi leve e denso em um só texto.

Parabéns.

Postado 15/07/16 10:38

Tentei, ao menos. Fico feliz que tenha apreciado o que busquei fazer aqui.

Obrigado, de coração.

Postado 09/07/16 22:57

Ó, Satan...! Meu Mestre e referência enfim regressou e o fez de uma forma espetacular! Que texto cálido, sombrio, tão belo quanto tétrico, que cicia sonho e realidade em uma só vibração!

Espetáculo aos olhos e à alma, sem sombra de dúvida! Muitíssimo obrigado por novamente compartilhar de sua genialidade sinistra e grandiosa conosco!

AVE, PABLO!

Atenciosamente,

Um ser que só tem e enxerga peaadelos, Diablair.

Postado 15/07/16 10:39

Genialidade? Hahahaha... Aceito o elogio por vir de um irmão.

Obrigado, meu amigo.

Postado 12/07/16 01:10

Olha ele aqui de novo <3

Não é a toa que é o poema popular da semana hehehe

Tu é demais, cara. Sério.

Ah, achei muito legal os versos terem um padrão. Fiquei me perguntando se poderia significar algo...

Até mais!

Postado 15/07/16 10:41

Tentei escrevê-lo como se fosse a letra de uma música, daí o padrão. (Aliás, se algum músico ler isso e quiser bolar a melodia, vai fundo.)

Que bom que gostou, amiga.

Postado 16/07/16 15:15

Grande Pablo, que certamente é muito fã dos Cavaleiros do Zodiaco e achou lindo os Campos Elísios, hehehe.

Bom vê-lo por aqui!

Parabéns por mais essa bela obra, cara.