Pérola era uma moça muito linda e sensual... Cada mulher de sua família possuía um tipo de beleza, algumas tinham inteligência, outras doçura, e tinham algumas que tinham a diversão como seu dote de belo. Ela possuía a sensualidade.

E não era de menos, linda e sexy, ela tinha olhos pretos como a noite, cabelos castanhos, lisos e presos em um coque desarrumado, pela bagunça do coque percebia-se que seu cabelo era bem comprido, tinha maçãs do rosto salientes, rosadas levemente, era dona da mais bela boca desse mundo, carnuda e acompanhava lindos dentes brancos como a neve, que formavam o sorriso mais lindo na face da moça mais sensual, seu rosto tinha perfeição e ainda possuía algo que a embelezava mais, a sua pinta pretinha no canto direito da sua boca.

Seu corpo escultural, de uma verdadeira musa. Alta, com seios fartos e nádegas grandes, pernas torneadas e grossas, uma barriga lisa e uma cintura fina, deixava o corpo de Pérola igual ao de um violão, não era gorda, mas também não era horrivelmente magra, era linda assim mesmo, e estava satisfeita com o seu natural.

Mas apesar de tanta beleza, tanta sensualidade, a mocinha que tinha nome de uma joia do mar não era tão feliz assim...

Ela tinha um sonho...

Estava confiante dessa vez... Ter a própria loja de bolos estava quase se realizando.

Um sonho bobo, porém era seu sonho, e isso ninguém poderia tirar dela.

Saiu de casa após ter abraçado a irmã mais velha e ouvi-la dizer, “boa sorte, eu acredito em você” ligou sua moto e foi até o local que iria ser fechado a compra do estabelecimento que seria o seu futuro negócio.

Ela conseguiu!

Negócio fechado e concluído, seu sonho finalmente se realizou, nada tiraria a sua alegria naquele momento, não possuía nada naquele mundo que pudesse transmitir a sua imensa felicidade, mas ela sabia... Que devia agradecer a alguém.

Tirou o celular da bolsa desesperadamente, estava tão alegre que estivesse até desajeitada com tudo ao seu redor, ligou para sua irmã mais velha, disse que o negócio foi fechado e que queria encontra-la para lhe contar tudo e assim planejarem algo para comemorar aquela conquista.

Sua irmã chorou do outro lado da linha, se Pérola estava feliz, a mais velha estava o dobro, não parava de parabenizar a irmã mais nova e de lhe dizer o quanto estava feliz, disse que estava saindo de casa e que a encontraria no lugar que sempre se encontravam para conversar, mas antes de desligar ela disse a moça dos olhinhos pretos: “Sempre acreditei em você! Amo-te irmã!”.

E assim se encerrou a chamada.

Pérola ligou sua moto e antes de ir para o ponto de encontro parou em um supermercado, onde comprou vários ingredientes para fazer um bolo de morango, o favorito de suas irmãs, e favorito principalmente, de sua irmã mais velha, havia ficado meio caro a compra mais valia pena, sua irmã merecia aquilo, afinal fora sempre ela que ficou do seu lado e ajudou a continuar, a nunca desistir e sempre acreditar em si mesma, foi por causa dela que ela conseguiu realizar seu sonho.

Entretanto quando estava saindo do supermercado, seu celular tocou, toda sorridente a jovem pegou, estava tão feliz que nada poderia tirar sua alegria.

Triste engano achar isso...

-Pérola! -Ametista dizia entre lágrimas e soluços-Pérola! A... A... A Rúbia morreu!

Naquele instante toda aquela alegria fora para o espaço, junto com a compra e tudo que ela possuía consigo, caiu de joelhos e chorou como uma criança.

Sua irmã mais velha morrera sem poder saborear a conquista ao seu lado e o seu favorito bolo de morango...