Parecia ontem aquele beijo, aquele olhar em meio a penumbra.
Parecia ontem os olhos e mãos a buscar, afagar.
Os dedos já calejados pelo tempo, ensaiaram um acorde no velho violão.
Parecia ontem quando cantamos a nossa canção.
A voz rouca indicava emoção.
E novamente estavamos ali, como se fosse ontem.
O mundo parou para que o som da melodia invadisse o ambiente
e como ontem,
olhos nos olhos, um saudoso olhar para o passado tão presente.
Houve um apelo suspirado em cada verso cantado, houve um pedido de perdão
perdoado.
E nos acordes finais do violão antigo, aquele foi o momento fatídico que nos
permitiu voltar ao presente,
com a certeza que parecia ontem, que tinhamos sido felizes.