Quando os conheci, eles eram jovens, e eu também. Ficamos amigos, e eu até tentei namorar a irmã dele. Mas não deu. Ele me chamou para sair com os dois, os enamorados. Éramos jovens, como eu disse. E não maldávamos nada. Fomos a um barzinho. Tomamos um sorvete, e ele me contou que pretendia se casar.
Então eu fiquei sabendo de um concurso para emprego. Convidei-o a ir comigo. E nos increvemos. E fomos nós três fazer as provas.
Ele foi aprovado, ela também. Eu já tinha sido, e fui mandado para o interior.
Mas logo pedi transferência para a capital. Onde me reencontrei com os dois, por acaso. Ele depois me procurou:
- Vim trazer-lhe um convite.
Era o convite de casamento dos dois. Eu só compareci na cerimônia da Igreja. E no final, eu disse-lhes:
- Felicidades para os dois.
E passei longo tempo sem vê-los. Encontrei-me com um ex-colega do interior. Nós tínhamos trabalhado juntos. E ele me contou:
- Sabe, o fulano e a fulana, eles já têm um filho.
- Que bom! - eu disse, alegre.
E fui visitá-los. O filho deles já era um menino. E ela me contou:
- Eu falo para ele, coma tudo!
Eu sorrio. E ela continua:
- E o menino me diz: "Mãe, já pensou se a senhora fosse duas?"
E rimos os três. E eu digo:
- Menino esperto. Fugindo de ter duas mães.
E saio da casa deles contente. Agora eles são três, o casal e o filho do casal.
E me vem à lembrança de que fui eu que o convidei para o concurso. E fico mais alegre. Ajudei a construir a felicidade.