Conheci na minha vida, uma santa criatura. Minha mãe não conseguia ficar sem o auxílio de uma doméstica. E foi assim que um dia apareceu na nossa casa a D.Zózima. E, contrariando nossos costumes, eu a chamo de D. Zózima até hoje. Agora que já fez aniversário de morte de minha mãe. Minha mãe morreu há pouco mais de cinco anos.
E D.Zózima vem diariamente a minha casa, para trabalhar. E tudo o que eu preciso que não está ao meu alcance ela dá um jeito.
Eu não sei porque D. Zózima é assim. Lendo a Bíblia e me lembrando de ensinamentos que recebi, neste nosso mundo há o certo e o errado.
E há então o mal e o bem. Vide nosso cancioneiro popular, de que eu gosto muito. É onde nossos músicos populares cantam as dores de nossa gente. E escutar música popular vale por uma terapia.
E D.Zózima gosta muito de música popular. Tem ela um gosto apurado. Eu sou testemunha disso.
Outro dia ela me chamou de Idoso.
Eu não me queixei e disse a ela:
- Que idoso D.Zózima? Eu sou é velho mesmo.
E nos rimos muito disso, eu e ela.
E só queria registrar isso. E aí esta registrado. Acredito muito piamente que haja outras por aí. Viva as domésticas!