Bons Cidadãos
Aristides Dornas Júnior
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 17/02/25 13:44
Gênero(s): Cotidiano
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min a 2min
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Palavras: 284
[Texto Divulgado] "Um Guia Para Os Porcos" Davi já está velho e cansado, agora aposentado ele busca apenas o repouso, esperando inevitavelmente o momento em que irá abandonar este mundo material, porém, após encontrar um antigo tomo, ele começa a bolar um plano para matar a morte.
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Bons Cidadãos

Ao me aposentar, busquei um imóvel para alugar. Queria eu montar um negócio. E logo, logo achei um. Tive que arrumar um pedreiro ou um servente. Achei um servente. Marcamos o dia de começar os trabalhos.

No dia marcado, fui até o imóvel e lá estava o servente. Vi logo, pela conversa dele, que era um bom cidadão.

E indiquei a ele as modificações que queria que ele fizesse no imóvel. E ele se pôs a trabalhar.

Numa das conversas que tive com ele, ele me disse:

- Eu trabalho também para mim.

E eu perguntei:

- Em que?

- Num barraco para mim e uma morena.

E vi alegria nos olhos dele. Ele me disse que a amava.

Eu lhe desejei felicidades, independente do fato de que o veria ali nos dias seguintes.

E ele trabalhava seriamente. Vi que não me enganara, era um bom cidadão. Tanto quanto bom trabalhador.

No fim do dia, eu fui para casa. Ele já tinha ido para a dele. Eu pensei: nós humanos devemos saber o que queremos.

No dia seguinte, lá veio ele. E assim tudo correu bem. Até o fim dos trabalhos. Eu o remunerei bem. Ele agradeceu.

E hoje estou no balcão à espera dos clientes de armarinho. Armarinho foi o negócio que abri. Era um pequeno negócio de variedades. Só mesmo para me ter o que fazer.

Claro, nasci classe média, ali estava eu classe média. E contente da vida.

Pois tinha trabalhado muito em escritórios. E me sai bem. Graças a Deus.

Hoje eu me felicito a mim mesmo quando me lembro da minha vida. Claro, fui um bom cidadão também e honesto. E eu e o servente de há pouco éramos dois bons cidadãos.

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