Na minha cidade existia uma Associação. Lá se realizavam bailes. Todo fim de semana, baile. Foi lá que a conheci. Ela era jovem como eu. E eu a achei linda.
Naquele dia saí da Associação com ela. Eu lhe fazia a corte. E ela sorria. Parecia estar contente. Eu a deixei na casa dela.
Isto se repetiu várias vezes. Até que um dia começamos a namorar.
Mas me diziam cada coisa dela. Que eu simplesmente ignorava. Claro ela era um moça pura. Mas pobre.
Eu estudava numa cidade vizinha. Mas vinha para casa todo fim de semana. Vinha com saudades dela.
Me julgava apaixonado. E eu e ela namoramos durante três meses. Naquelas condições que contei acima.
Acabado o namoro eu me mudei para a capital. E ela livre para outro namoro, começou outro namoro. Com o filho de um médico.
Eu sorri quando me contaram. Claro, ela teria um destino melhor do que se estivesse comigo.
Naquela época eu não pensava como penso hoje. Penso hoje que o amor é que importa.
E deveras eu nunca encontrei o amor verdadeiro. Ao passo que ela sim.
Um dia desses, uma irmã minha que mora no interior se encontrou com uma irmã dela. E as duas conversaram.
No meio da conversa das duas, que se conheciam desde jovens, aconteceu. Aconteceu um diálogo:
- E, me conta, como vai a fulana? - A fulana era a minha ex-namorada.
- Ô, minha filha, se casou.
- E é feliz?
- Ela diz que é. Mas eu não sei, não.
- Oh. que pena! Dá um abraço nela.
- Pode deixar. E ele?
- Está lá, infellizmente divorciado.
- Aparece lá em casa.
- Está certo.
E eu só sei que ela foi minha namorada, aquela dos bailes da Associação.