Vida Tranquila
Aristides Dornas Júnior
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 27/01/25 09:43
Editado: 27/01/25 18:09
Gênero(s): Cotidiano
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min a 2min
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Palavras: 314
Livre para todos os públicos
Notas de Cabeçalho

Eu, desde que me iniciei aqui não escrevi: 'espero que gostem'. Talvez devesse tê-lo feito. Mas desde que comecei como leitor, os livros tinham porfunção causar agrado. Eu ignoro se mudou. Mas pode ter mudado.

Capítulo Único Vida Tranquila

Na verdade diziam no meu tempo de estudante: Devagar se vai ao longe. Eu não tive essa frase como lema. Mas hoje, um pouco mais velho, vejo que ela tem um tanto de verdade. E sabem porque? Porque eu mesmo ando é devagar. E quero dizer ando devagar com o meu escrever. Escrevo um pouco aqui e outro tanto ali. E vou fazendo uma obra. Obra pequena, mas significativa para mim. E eu não quero ser de maneira alguma um desses monstros sagrados da Literatura.

E sabem porque? Os monstros sagrados da Literatura têm a sua glória, decerto. Mas chega a um ponto o ofuscamento que causam nos mais novos, que quando caem ninguém se lembra deles. Alguns deles sabem cair sem cair em desgraça. Caem mas caem como clássicos. E são poucos estes. Para citar um caso real, vou nomear um clássico do modernismo: Carlos Drummond de Andrade. Que não caiu no olvido. Eu mesmo o leio até hoje.

Mas deixemos isto de lado, e voltemos ao meu caminho. O meu caminho foi feito com vagar e com um e outro momento que levou os outros a pensarem em minha glória. Foram os momentos em que recebi prêmios pelo que escrevi. Claro que não os esqueço. Na hora o que senti foi um tanto minha vaidade ser afagada. Mas, passou.

Me mudei para o interior. E aqui eu encontro pessoas a quem digo:

- Eu não quero ser o número um. Quero ser apenas mais um.

E acho que já sou mais um. Mas tudo isso é vaidade. Eu estou aqui escrevendo e me lembrei que devagar se vai ao longe. É que vinha devagar da copa para o meu quarto. E pensei:

"Você tem que escrever ainda hoje na ACADEMIA DE CONTOS".

E venho e faço esta crônica de mim. E penso que se colar, colou. No mais ganho aqui em vida tranquila.

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