Sou eremita por natureza
E só pensava em paz
E na procura da beleza
Esmaguei minha própria felicidade
Eu nunca fomentei simpatia
Pela barafunda popular
E assim agora se vê
Vou perecer
Sozinho!
Sozinho!
Meus antigos amigos
Vocês estavam certos
Eu só desdenhei
E me isolei
Não há o que se admirar em mim!
Nunca jurei lealdade
Perante o altar
Mas pela minha metade
Eu poderia expirar
Expirar!
A perfídia do homem
Mordeu meu coração
Muito mais doloroso
Que qualquer punição
Oh, Maria!
Por que não viestes ontem?
E mal minha ferida
Havia se curado
Ou antes oprimida
Fugi para minha pátria
Os ermos!
Os ermos!
Envelheço ano pós ano
Mas as mágoas não envelhecem
Não sou mais quem uma vez fui
Minhas ferramentas enferrujam
Ao lado dos meus sonhos
E de tudo que excluí
Meu Deus
Só lhe peço uma coisa
Na minha hora final
Segure minha mão
E em meu último suspiro
Agradecerei