Eu te dei outra e outra
E outra chance
Como a se a primeira flechada
Não tivesse me matado de vez
Quase, quase acreditei
No seu para sempre
E promessas de outras vidas
E que eu não era tão livre
De você assim
Mas o quase, já foi suficiente
Pra eu cair de
trinta metros
de altura
por você.
Para eu dormir e acordar
Com a sua sensação
Entre os dentes
Entra e sai mês
O que você estava cavando
Quando decidiu me procurar
De novo?
O que estava sempre faltando
Quando de repente
Você lembrava que eu existia?
Nunca fui a mulher que você quis
Você só desejava a conquista:
me devorar
até literalmente sangrar
e depois fingir
Que nossos olhares cósmicos
eram apenas pequenas coisinhas
que não existiam
durante a sua enevoada rotina.
Se te pagassem
Pra me amar
Talvez você aceitaria
Se eu te pagasse pra me deixar
Talvez você de fato
Me deixaria
Mas você sempre se faz presente
Mesmo ausente
Arruma formas universais
De chamar a minha atenção
E antes eu corava e
Meu coração inflamava...
Hoje?
Só vejo o vazio que você tenta pegar nas mãos.
O que você está sempre procurando?
Amor, cuidado e fidelidade
Mas você não está disposto
A se deixar ser amado
Mais uma vez,
Como cada um deles
Também fez
- E eu sabia que seria assim
Mea máxima culpa
Você disse tanto que era diferente
E sim, foi quase que
O pior de todos eles
Quase - ainda é muito.
Mais de 10 chances consecutivas
Que de nada te valeram
Nos seus olhos eu era
Sempre a errada
Menos quando você estava gemendo
Esse mundo não é tão pequeno
Você tem medo de não ser nada
E eu juro
Queria ter nos feito ser tudo
Mas você nunca acreditou
Que alguém como eu
Poderia te querer verdadeiramente,
Uma pena...
Você não queria
Nem merecia
E agora estou repartida
Envenenada
Quebrando minha cabaça
Assoprando o pó
Daqueles dias nossos
Em que fui tão sua
Delirantemente, sua
Mas, vou desfazer cada um
De seus nós
...