Ele gostaria muito de poder revelar ao público a sua sensibilidade. Enquanto isso lia muito. Sabia que as suas emoções eram a de todo mundo.
Ele se queria como um ser humano comum. Até que veio a premiação. Para ele a premiação era importante. Quem tinha sido premiado? Ele não pensou para responder:
- O texto que eu fiz é que foi premiado.
E conversando com um amigo jornalista, disse:
- Sabe, eu faço meus textos que sei fazer.
O jornalista compreendia isto. E lhe falou:
- Porque você sabe fazer é um bom motivo. Mas na medida em que vai fazendo você pode ou não ajudar os outros.
- Eu não tinha pensado nisto.
- Pois é, é assim que funciona.
Então a partir desta conversa, ele, o escritor, não ficou convencido de nada. Mas sempre que ia escrever pensava no que ia escrever.. E relia os seus textos, para ver se podiam ajudar a alguém. E pensou: ele era sensível à palavra escrita. E elas estavam nos livros.