Um Presente para Você
Aristides Dornas Júnior
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 23/12/24 06:36
Editado: 23/12/24 06:45
Gênero(s): Romântico
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 2min a 3min
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Palavras: 386
Livre para todos os públicos
Capítulo Único Um Presente para Você

Há coisas que acontecem. Hoje eu posso falar. Foi há muito tempo. Em primeiro lugar, eu estava quieto em minha casa. Ela chegou e foi entrando. E quando eu vi, ela estava sentada ao meu lado. Claro, ela queria alguma coisa comigo.

Mas, eu fiz que nem notei. Ela viu que era chegada a hora de se ir. Se despediu com maior ênfase de mim.

Eu fiquei ali pensativo. Ela tinha alguma beleza. E porque se insinuara tanto. Se insinuara tanto que fora evidente. E eu sabia onde ela morava.

Um dia eu não resisti. Fui até ela, na casa dela. Ela lá estava, jovem e sorridente. Um irmão dela se aproximou de nós:

- Quer que eu dê conta do recado?

O recado, eu notei, era ela ficar livre de mim. Não precisava de mais, me despedi. E ainda ouvi o irmão dela dizer:

- Viu, eu não te falei! É só a gente ameaçar.

E ela, a ele:

- Ora, seu tolo! Ele é coisa minha, será que eu não posso me apaixonar?

- Oh, eu não sabia que você era afim dele.

E assim ela encaminhou as coisas na casa dela. Eu é que pensei: por mim chegava. Ela não demorou, foi me esperar na saída do meu emprego. E de lá fomos para minha casa. Eu morava com familiares. Chegando, eu perguntei a ela:

- E aquele seu irmão?

- O que tem?

- Não se faça de boba!

- Está certo, ele não vai mais incomodar.

- Como tem certeza?

- Eu falei com ele.

E passamos um bom tempo distante do irmão dela. Até que ela me pediu para levá-la até a casa dela. Eu a levei. E o irmão dela:

- Ora, me desculpe você - se dirigindo a mim.

E dizendo a ela:

- Eu é que não vou contar para ninguém.

Mas ficamos, eu e ela, por aquilo. Ela me perguntou:

- Homem e mulher. O que você pensa desse relacionamento?

- Eu não penso nada. As coisas acontecem.

- O jeito é assumir.

- Então, tchau!

Eu me pus a caminhar. Em direção a minha casa. No caminho eu pensava:

- Verbos, no nosso tempo o verbo mais usado é mesmo assumir.

Passaram-se tempos. E me veio ela:

- Trago um presente para você: fiz um poema lembrando de nós.

E eu definitivo:

- Então, adeus.

- Não é tchau? - indagou ela.

- Não, é adeus mesmo. - respondi.

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