Uma das frases do meu pai, usada para nos ensinar, era:
- Arrumou, agora aguente.
Fosse lá o que arrumassemos na vida. Esta frase muito me valeu.
E eis que eu chego à Faculdade. Os alunos meus colegas, pouco conversavam. Pareciam temer alguma coisa. Eu vinha de um casamento que tinha ido por água abaixo. Mas como me ensinou um professor católico, era só eu não me afastar da Igreja. Eu também não poderia comungar. E hoje eu já assisti minha missa pela TV,
Depois daquele casamento, cujo santo remédio foi o divórcio, não procurei jamais a vivência junto a uma mulher. E acabei me tornando o que sou hoje. Um escriba.
E veio um dia uma pessoa e me perguntou:
- Você é amargo?
Eu respondi, sem hesitar:
- Não, sou até feliz.
E eu mesmo me perguntei:
"- De onde vem sua felicidade?
É que eu resolvi meus problemas, os que tinham a ver com mulheres. E neste universo nosso , homens parecem não conversar com mulheres. Ora, o tempo avançou. E com o tempo, a históra das relações humanas também avançou. E hoje é comum nos lugares onde vou ou no lugar onde vivo, que os homens conversem com as mulheres. E as mulheres até lucram com isso. Elas até podem se empregar nos empregos os mais inusitados.
E, portanto, eis que chego à faculdade. E vou cursando o meu curso universitário. E nisso faço amizade com uma moça. E conversa vai conversa vem, ela me diz:
- Estou apaixonada.
Eu conto a ela que sou divorciado. Ela me diz:
- Então porque deixou que eu me apaixonasse?
- Olha, moça, eu não deixei coisa nenhuma. E nem foi minha intenção que isso acontecesse.
Ela levanta-se da mesa onde estávamos e sai do recinto. Eu confuso, olho-a se afastar.
Abandonei a Faculdade. E hoje penso::
"Certas mulheres nem sabem o que é amizade entre um homem e uma mulher."
É que eu tinha vindo de um meio diferente do dela. Me torno autodidata. E passo de estudante a escritor. Aí reside minha felicidade. Como eu depus numa revista literária, eu sou feliz escrevendo.
E ao escrever a gente doa parte da gente mesma aos leitores.