O Amor que não se Acabou
Aristides Dornas Júnior
Tipo: Conto ou Crônica
Postado: 18/12/24 06:28
Editado: 18/12/24 06:33
Gênero(s): Romântico
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 1min a 2min
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Palavras: 312
[Texto Divulgado] "O Escritor Pobre" Ele tinha um sonho: ser escritor. Arrumou um emprego e com o salário passou a comprar livros. Lia muito e escrevia muito também. Suas ficções lhe davam prazer. Um dia ganhou um prêmio. Mas continuou pobre.
Livre para todos os públicos
Capítulo Único O Amor que não se Acabou

Foi numa ceia de Natal. Lá estava ela. Eu tinha sido convidado. E assim compareci. Ela me viu primeiro e veio me cumprimentar. Apenas me cumprimentar. Eu pensei:

"Ela ainda se lembra de mim!"

Ali fiquei, contente, é claro. Mas como sei me comportar, não me movi. É óbvio que a cumprimentei também. E ela se foi para junto do marido dela. Que agora ela estava casada. E a mim me invadiu uma alegria desmedida. E sem mover um músculo do meu rosto, revivi os tempos em que a amei. Não a amei carnalmente, de maneira alguma. Eu e ela éramos jovens demais. E namoramos durante algum tempo.

Mas logo terminamos. E veio que uma irmã minha estava lá e casada com um irmão dela. E eu me encontrei novamente com ela naquela ceia. Ela não resistiu e me disse:

- Sua irmã fala, hem!

Eu que conhecia minha irmã bem, fiquei calado. Imaginando o que não tinha falado minha irmã. Mas não me importei. Ela estava apenas se rindo um pouco de mim. E eu imaginei o quanto minha irmã a colocou a par das última notícias sobre mim. E acabei me rindo.

E então me disse:

- Mulheres, elas são assim.

E ela vendo um sorriso nos meus lábios, se aproximou e perguntou:

- Do que ri?

- Rio-me eu de quanto tempo dura um amor.

- O nosso?

- Que seja.

- Pois seu bobo, eu amo meu marido.

- Mas não se esquece de sua vida.

- Naquela época eu era menina.

Vendo que ela falava sério, eu disse:

- Não esquente a cabeça, eu também era muito novo.

- Então você também se lembra?

E acabou a festa de Natal. Passado algum tempo, minha irmã me veio e disse:

- Sabe a minha cunhada?

- Sei, ela sofria com um câncer.

- Pois é, agora morreu.

Eu me entristeci. E aqui estou triste até hoje. E claro aquele amor não acabou.

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