- O nosso convidado já chegou. - diz alegre a tia.
- Ôi, como vai? - perguntam todos os seus familiares.
- Eu vou muito bem, e vocês?
E alegremente se sentam ao redor da mesa. Comem e bebem e conversam. Ele dá uma pequena desculpa:
- Preciso de um ar desta cidade, há quanto tempo não venho.
- Vá, dê uma volta por aí.
E ele sai. E anda pela cidade do interior. Nessa, encontra uma moça esplêndida. Há quanto tempo não vê uma beleza feminina tão bem cuidada. Pára e admira. Ela, a moça, lhe diz:
- Você não é daqui, é?
- Não, vim da capiral. - ele responde.
E ali começa uma estória de amor. Mas amor ultracontemporâneo. Desses que num átimo, lá estão os dois enamorados. E o encontro dura pouco tempo. Ele, acha aquilo um espetáculo de exposição de sentimentos. Até ali, acha.
E chega o minuto depois, que é de despedida. Uma despedida breve, e seca. O que contrariou as expectativas dele, foi a secura e a brevidade do adeus. E tudo contra o espírito de Natal. Rapidamente ele se dirige para casa. Entra e senta-se com a família. Os seus lhe perguntam:
- O que viu aí fora nas ruas?
- Nada. É que não respeitam mais o Natal.
- Quem?
- No Natal, eu pensei em amor, e a moça, em carnaval. Ou coisa assim.