Flagela-me até o tecido de seda virar carmim. Esbofeteia-me com todas as forças; desconte sua raiva em minha pela nua até vê-la se decompor. Nessa selvageria extrema não hesite em deixar hematomas como sua única lembrança, incha-me com o ardor da sua violência e deixe os rastros rubros cobrir aquilo que não deveria ser revelado. Penetre forte em minha alma, rasgue o que há de mais valioso em mim e queime meu corpo com o pecado de sua carne. Exponha as cicatrizes em meu âmago, prenda-me em um excruciante pesadelo.

Apenas por essa noite deixe-me na dormência de meus crimes.