A chuva de fogo desabava sobre a cidade devastada. Os prédios torcidos da indústria queimada pelas tempestades solares ardiam debaixo das nuvens grossas e pretas, que marchavam para o fim do mundo. A noite inflamava o céu dilacerado por relâmpagos escarlates. A fumaça dos reatores soterrados erguia-se, soberana, como os pilares esculpidos em algum canto longínquo do cosmos.
Esconderam-se no bunker sob a caldeira petrificada, e a porta de ferro selou os últimos resquícios da humanidade embaixo dos escombros do progresso. Para a Creusa com quem fugiu de mãos unidas pelo instinto, disse: conheço um cara que escreveu algo assim.