Entender, a princípio, a solidão
É compreender inteiramente o amor.
O medo de estar, velho,
Tu e tua sombra em uma casa empoeirada.
É tanto quanto a ânsia de,
Em um mundo lotado de mentes barulhentas,
Estar a sós, tu e tua amada,
E sentir uma imensa vontade de sorrir
Para o mundo.
Não por este ser belo;
Não por seus habitantes serem gentis;
Não pela ausência de problemas.
Mas por, em uma fração de segundo,
Esqueceres que tudo isso é verdade,
Por trocares o externo imutável
Pela calma dos olhos de outrem,
Por encontrares no fundo de tua alma
Agora, pela felicidade,
Que te pareces quase inata,
Sedada
Algo denominado amor.
Que, contra todas as expectativas,
Faz inerte aquilo que denominavas dor.