Tenho um sentimento muito específico que jamais conseguirei explicar direito, mas, para você, eu tento. É aquele momento da tarde, à noitinha, sabe? Quando o sol já se põe, mas seus raios dourados parecem alcançar ainda mais longe; 5:53.

Esse sentimento, que ainda não tem nome no dicionário, é algo tão meu que jamais achei que sairia alguma palavra da minha boca ou alguma letra das minhas mãos sobre isso. Mas você… bem, como posso dizer isso? Você é isso.

Uma personificação de carne, osso e com o sorriso mais puro que qualquer um há de encontrar nesse mundão todinho. Cada momento ao seu lado, das 5 da matina até às 11 horas — já que você dorme cedo e não caberia dizer madrugada — é uma hora dourada por si só.

Você é ouvir uma música do Jvke no sol das três da tarde, com fones de ouvido e olhos fechados, o vento morninho da primavera batendo no rosto e mexendo os cabelos. Você é um raio de sol do sol do sol entrando pela janela e esquentando a pele enquanto eu tomo meu café. Você é o céu do entardecer de uma cidade do interior, vista da varandinha de um sitiozinho, da rede. Você é a cor da terra na leve penumbra do crepúsculo da tarde. Você é o próprio entardecer daqueles dias que só as nuvens do céu parecem trazer alguma paz.

Você tem cor de pôr do sol, seu beijo tem gosto de pôr do sol, suas mãos tem calor de pôr do sol e você e todos os seus detalhes, até aquele cachinho teimoso que sempre insiste em te desafiar, tem sensação de pôr do sol.

Bom, no fim desse monólogo, que espero ter te prendido de alguma forma, chego a uma conclusão: esse sentimento só pode ter o seu nome.