Não sei porquê
Depois de dias, quiçá meses
Me vi olhando para você
Olhar diretamente em seus olhos
Ver a face envelhecida
Fugido o brilho da vida
Angústia imensa, sem precedentes...
De repente
Três dias, três insights
Três verdades nuas e cruas
Se descotinam diante de mim...
No primeiro dia, de repente me mostras
Que ao fugir, quem sabe bloquear
O medo que me apavora
Deixei o amor de fora!
No segundo dia, agonia
Acabar com a vida, por pura inércia?!
Morrer em vida?!
Que escolha mais patética!
Se se tem que viver a vida
Que seja bem vivida!
E no último dia, que conclusão...
Não estive presente
Realmente não estava ali
Nem para as mínimas ou grandes coisas...
Os dias evaporaram tal qual neblina...
O pensamento rumina mas não há resquícios de memória...
Que foi feito da vida?!
Cadê a menina dos olhos?!
Cadê aquele amor primeiro?!
Que se retome a vida
Antes do suspiro derradeiro...