O fio vermelho do destino (Em Andamento)
ThaiDragomir
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 09/01/23 00:07
Editado: 09/01/23 22:24
Qtd. de Capítulos: 2
Cap. Postado: 09/01/23 00:07
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 22min a 29min
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Palavras: 3555
Não recomendado para menores de dezoito anos
O fio vermelho do destino
Notas de Cabeçalho

Os personagens não me pertencem!

A história foi inspirada no anime Shuumatsu no Valkyrie, alguns dos deuses que aparecem nela são tirados de suas demais mitologias, a personagem principal é de minha autoria!

As fotos utilizadas são tiradas do Pinterest e a personagem é montada no jogo Eldarya, porém sintam-se a vontade para imaginar ela como quiserem, não gosto de frisar cor de pele e etc por que acho que fica melhor deixar a cargo da imaginação, tanto que durante a história apenas a cor dos olhos e os cabelos são muito mencionados.

Ela é uma história 18+ ou seja terá cenas que contém sexo, insinuações e palavrões, leia por sua conta em risco!

Boa leitura

Capítulo 1 O começo do fim

A cada mil anos os deuses decidem o futuro da humanidade, entre as valquírias estava o boato de que desta vez haveria unanimidade pela extinção da raça humana. Brunilde estava confiante, pois estava planejando coagir os deuses através do seu ego, ocorrendo assim o Ragnarok, a batalha entre deuses e homens, uma luta até a morte onde o lado que atingisse sete vitórias venceria a batalha. Ela sabia que os deuses não perderiam em demonstrar a sua força, afinal os deuses eram mais fáceis de manipular que os humanos.

O que ninguém esperava que o plot sobre a batalha iminente diferiria, a Deusa Gaia recebeu a visita do Deus do destino Moros, a quem tem tanto mortais como deuses como os seus subordinados, foi-lhe revelado o destino final da luta, por tratar-se de uma aniquilação dos deuses ele sentiu-se no dever de intrometer-se, afinal quem perderia a batalha do Ragnarok seriam os próprios deuses, ocasionando num caos insano pelo fato de deuses importantes terem morrido, conhecendo o gerado caos decidiram mudar o destino dos deuses.

Foi decidido então uma união entre uma semideusa e um deus, afinal ela seria a própria união da humanidade com os deuses.

— Gaia-sama, tem certeza que os deuses apoiaram a sua ideia, afinal os semideuses são abominados entre os deuses pelo fato de serem metade humana — Brunilde perguntou-lhe.

— Eles não terão escolha, afinal é o casamento ou a morte, isso soa contraditório, afinal para alguns, o casamento é a própria morte — Gaia respondeu-lhe bem humorada.

— Fique tranquila, este foi o trato com o Deus Moros, afinal, você também tem a intenção de evitar as mortes desnecessárias tanto dos humanos que irão lutar, bem como das suas irmãs.

Brunilde olhou surpresa para deusa, afinal não esperava que a sua carta na manga fosse revelada.

— O sim, minha querida, eu sei que pretende usá-las nas batalhas, mas não se preocupe nenhum deus além mim e Moros sabe deste fato, ele decidiu que se os deuses insistirem na batalha, o que ocorrer nesta conferência vai ser apagado, ou seja, nenhum deles irão lembrar-se, aliás nem você saberá sobre o final das batalhas, quem vai vencer cada luta e muito menos quem irá ganhar no final — Gaia respondeu com um sorriso malicioso.

— Foi o acordo que o Moros fez, apenas duas linhas de tempo, a que ocorre o casamento e a que ocorre a batalha — Gaia disse entediada.

Brunilde ficou pensativa com as palavras da Deusa e perguntou-lhe

— Quais desses destinos será bom para a humanidade?

— A melhor parte minha querida Brunilde é que os dois destinos são bons para a humanidade, mas apenas um deles é ruim para os deuses, mas você deve admitir que irá ser um caos quando aqueles deuses morrem, afinal ninguém pode fazer certos trabalhos — Gaia fala pensativa.

— Ou você quer sacrificar as suas irmãs? Eu pensei que estivesse certa em poupar vidas, minha querida — tornou a falar olhando-a com malícia.

— Perdão Gaia-Sama, não queria ser desrespeitosa — Brunilde disse-lhe humildemente.

Brunilde e Gaia encaminharam-se para conferência onde horas atrás a própria valquíria invadira, ao observar o local pode-se ver uma longa mesa que abrigava os deuses mais importantes de cada panteão. Ao redor os deuses estavam em choque, afinal o Deus Moros em milênios não designava a aparecer nestas conferências.

— Pronto as damas chegaram, agora podemos saber sobre o motivo de ter

nós chamado novamente? — Shiva disse em tom irônico, afinal estava morrendo de tédio com todo esse circo armado.

— Agora prendeu a minha atenção total, Gaia e Moros juntos aqui é um fato surpreendente — Zeus respondeu seriamente.

Gaia sentou-se ao lado de Moros na longa mesa e com um lindo sorriso disse para que a valquíria sentasse ao seu lado.

— Viemos falar sobre o Ragnarok — Gaia disse.

— Ooooh vocês decidiram participar? — Zeus perguntou bobamente, afinal era algo surpreendente que algo tão banal chamasse atenção da Mãe-Terra e o Deus do destino e da sorte.

Gaia olhou-lhe seriamente e quando foi-lhe responder Moros tomou a palavra.

— Francamente surpreende-me você ser o presidente deste conselho, às vezes você parece mais uma criança que o pai dos deuses. Certo, não quero tomar mais tempo que o necessário, afinal estou-me metendo pelo simples fato que o caos irá gerar depois desta batalha.

Os deuses olharam surpresos para o deus, afinal não entenderam o motivo de ocorrer um caos, afinal seria uma formalidade dos deuses, o cumprimento de uma cláusula, afinal seria impossível os humanos ganharem dos deuses.

— Do que você está falando? Quer tirar a diversão de matar os humanos facilmente? — Loki disse, não iria perder a oportunidade de ser inconveniente.

Deus Moros deu um suspiro, não seria fácil revelar tal fato, pois uma linha que desse errado mudaria todo o futuro, linhas de tempo não devem ser mexidas, nem pelos próprios deuses, alguns fatos foram feitos para ocorrer, mas com o futuro descrito após o Ragnarok seria impossível conviver, afinal o caos seria liberado e de nada iria adiantar no final a batalha entre deuses e humanos.

— Os deuses irão perder o Ragnarok —Moros disse simplesmente, gerou um silêncio no local seguidos de gargalhadas estrondosas.

Os corvos de Odin, Munin e Hugin gritaram espantados.

— OS DEUSES PERDEM PARA OS HUMANOS?

Gaia bate na mesa com toda a sua raiva e diz-lhes:

— Vocês acham que Moros e eu iríamos ter o trabalho de reunir todos para fazer uma brincadeira imbecil desta?

Moros entediado com toda a confusão tratou logo de falar o problema, afinal já era arriscado o bastante mexer com o futuro assim, não podiam perder tempo com as futilidades dos deuses.

— O que Gaia quer dizer é que eu como Deus do destino sei o final dessas lutas, os deuses irão perder, deuses importantes irão morrer, eu tive uma visão do caos irá tornar-se tudo após o Ragnarok.

A confusão começou na sala e os deuses começaram a falar ao mesmo tempo, quando um deus que normalmente não se digna a dar a palavra a ninguém disse:

— Calados — Poseidon disse friamente em tom de ordem.

Surpreendente os deuses calaram-se, não ousavam respirar após a ordem de Poseidon, após o silêncio percorrer o local o Deus perguntou:

— Moros explique melhor em detalhes sobre isso — Poseidon disse seriamente.

— Pois bem! Irei mostrar a visão do futuro, do que irá ocorrer no Ragnarok e após isso vocês terão uma escolha, se decidirem em continuar com o Ragnarok eu irei apagar as memórias vistas do futuro, mas se decidirem seguir outra linha de tempo irei propor-lhes uma oferta.

Os deuses responderam com silêncio, os seus pensamentos a mil sobre o que foi falado por Moros, surpreendente quem perguntou sobre foi o próprio Zeus, assumindo a seriedade que cabe a um presidente do conselho dos deuses.

— Por que irá apagar as nossas memórias e não podemos saber da oferta antes de ver tal visão? Gaia revirou os olhos pela pergunta tola, afinal o motivo estava implícito, ela respondeu-lhe ironicamente.

— Em primeiro lugar as linhas do futuro é algo que não se deve mexer, elas são constantes e um passo errado pode ocasionar em um caos maior do que se quer evitar, após explicar isso você deve entender que tem apenas dois futuros, o que acontece o Ragnarok e o que será ofertado por nós, sendo assim não é sábio que vocês saibam demais, o futuro é algo que nem mesmo os deuses devem mexer.

Os deuses ficaram assustados, não estavam acostumados a serem encurralados desta maneira.

— Chega de perder tempo e irei mostrar-lhes o futuro — disse Moros.

Lutas após lutas foram mostradas, as reações dos deuses eram controversas, alguns ficaram empolgados em encontrar um oponente digno ao ponto de poder usar totalmente seus poderes. Afinal ficaram surpresos em saber que existem humanos que possam ser igualados às divindades, tanto em poderes como suas armas divinas. Não foi surpresa nenhuma para os deuses ao perceberem que as armas dos humanos tinha dedo da valquíria que se encontrava quieta desde que entrara no recinto.

— Ora querida Brunilde, quem diria que você iria tão longe pelos humanos, um sacrifício muito grande eu diria, seu coração realmente é encantador — Loki disse com um sorriso malicioso.

A valquíria respondeu-lhe com silêncio, não valia a pena atrair atenção para si no momento, depois da demonstração do futuro que lhes aguardavam os deuses pensaram qual seria a proposta que Gaia e Moros lhes faria, seria está tão horrível quanto o futuro que lhes foi apresentado? Os deuses teriam chance de mudar este destino cruelmente posto a eles?

Após o longo silêncio uma conclusão feita, uma decisão deveria ser tomada, afinal se existiam apenas dois futuros os deuses não poderiam dar para trás, afinal o que seria se os deuses desistirem das lutas por medo de morrer, os deuses são seres perfeitos, eles não podem dar para trás numa decisão desta, com uma concordância silenciosa Zeus perguntou o que todos estavam pensando.

— Que proposta é esta afinal? Gaia e Moros entreolharam-se em uma conversa silenciosa como se estivessem em uma conversa mental, Gaia tomou a frente em dizer-lhes a oferta, afinal a ideia tinha sido sua.

— União, um casamento entre as duas raças.

O silêncio fez parte do recinto, ninguém ousando respirar sobre a proposta feita pela deusa, para a surpresa dos deuses quem quebrou o silêncio não foi ninguém menos que o Deus dos mares Poseidon.

— Você espera que os deuses unam-se a estes vermes? — Poseidon disse calma.

Gaia suspirou, sabia que não seria fácil convencê-los de tal fato, com um pensamento malicioso decidiu usar do mesmo tom que Brunilde usou para convencer os deuses entrarem no Ragnarok.

— Curioso o fato de ser você a questionar tal coisa Poseidon, afinal como imperador dos mares diga-me como foi para você saber que seria o primeiro Deus a morrer para estes vermes? — Gaia docemente disse com olhar ardente, ferindo o ego dos deuses.

Poseidon ergueu seu olhar em direção a Gaia, apesar de dirigir-se a ela várias vezes desde o começo da reunião, era a primeira vez que o olhar do deus cruzou o olhar da deusa e enfureceu-se saber que ela estava cada vez mais achando graça de sua reação, os deuses temiam a ira do deus dos mares, mas surpreendentemente Gaia já esperava esta reação vinda do deus, afinal era um dos deuses mais se não o mais arrogante do olimpo, calmamente ela lhe dirigiu a palavra falando com a voz mais doce que tinha.

— Eu tomaria cuidado se fosse você, apesar de seu título representar bem os deuses não devem esquecer quem sou, mas não vamos nos apegar aos detalhes, vou esquecer seu comportamento arrogante no momento temos coisas mais importantes para resolver.

Após o breve embate entre os deuses Moros tomou novamente a palavra.

— O que Gaia está tentando dizer é que o segundo futuro que vi foi uma união entre as raças, um casamento entre um deus e uma semideusa.

Afrodite ergueu a sobrancelha diante das palavras do deus e perguntou em tom de deboche.

— Posso saber qual o motivo de apenas os deuses homens entrarem em tal acordo?

Gaia suspirou irritada com o tom de Afrodite.

— Já chega! É o futuro dos deuses que está em pauta nesta reunião. Afrodite para lhe responder é simples os deuses que irão ser sorteados para serem os noivos, vão ser aqueles que iriam lutar no Ragnarok, apenas quatro deles não irão entrar na disputa, os termos serão o seguinte a noiva irá sortear quem será o deus felizardo para casar-se consigo.

— Os deuses que não irão entrar na disputa vão ser Thor, Odin, Loki e Zeus. O último por motivos óbvios- Gaia falou maliciosa.

— Eu disputando uma bela semideusa a Hera me mata, mas os outros três por qual motivo não irão entrar em tal disputa?

Pela primeira vez naquela reunião Odin olha seriamente para Gaia, pois sabia perfeitamente o motivo que culminou na exclusão dele e de seus filhos em tal disputa. O que intrigava era o fato disso vir a tona agora após anos em segredo, os deuses que sabiam de tal fato era ele e seus filhos, estes não iriam trair a confiança de seu pai, apesar de amar fazer travessuras Loki jamais tornaria algo público assim, afinal isso seria um sinal de fraqueza tanto de seu pai como do panteão nórdico. O pensamento do Deus Odin voltou-se para a valquíria sentada entre os deuses, apenas ela sabia de tal fato, sua aura sombria começou a dominar o local quando com fúria ele voltou-se a Brunilde.

— Brunilde!! Como ousa ir contra mim?

O Deus Moros quieto até então levantou sua voz para abrandar a ira de Odin.

— Francamente poupe-nos disso, ela não disse nada, acha mesmo que isso seria segredo para mim Odin? Eu sempre soube, mas nunca quis meter-me neste assunto, afinal isso não iria interferir em nada — Moros calmamente explicou.

— Podem explicar o que está acontecendo? — Shiva fez a pergunta que estava rondando a mente dos outros deuses.

Moro olhou diretamente para Odin fazendo um movimento com as mãos indicando que seria ele que deveria explicar a história, Odin suspirou e começou a explicar.

— Anos atrás, especificamente vinte anos atrás, os humanos fizeram uma oferenda a mim, ofereceram uma linda mulher, a mais bela daquela aldeia, em troca da fertilidade do local, ele estava banhado em desgraça com doenças humanas e seca das plantações. Os aldeões então ofereceram a mais bela mulher em sacrifício para eu lhes abençoar, pela primeira vez em eras eu me encantei, nunca vi uma humana com tamanha beleza, então tive uma noite com ela e isso gerou uma gravidez, fiquei surpreso afinal é raro acontecer de primeira, na maioria das vezes ocorre quando o Deus permite.

Os deuses fitaram o deus em espanto, afinal aquela atitude era esperada de outros deuses, como Zeus, por exemplo, várias histórias são exemplos disso, tanto com humanas como com deusas, ele não é chamado de pai dos Deuses a toa afinal.

— Então você teve um filho, uma filha em específico com uma humana, isso em si já é chocante, mas por qual razão escondeu este fato dos deuses? — Shiva perguntou.

Thor olhou para seu pai percebendo que apesar de tudo ele estava constrangido de tal fato vir à tona, não pelo fato dos deuses terem descoberto que ele tem um filho com uma humana, mas sim que ele queria proteger sua filha de tudo, inclusive dos deuses. Odin quando soube da gravidez da humana teve um colapso nervoso, afinal não esperava que tal fato ocorresse, não com ele, afinal ele poderia ter evitado. Resolveu explicar de uma vez toda história, assim talvez com os deuses sabendo de todos os detalhes poderiam então ir para o que interessa.

— Eu não pretendia deixar a humana seguir adiante com a gravidez, mas por algum motivo não conseguir fazê-la ela interromper a gravidez, foi uma gestação muito difícil afinal eu sou um deus poderoso, meus filhos são a prova disto, mas o incrível que o feto já apresentava totalmente uma parte dos deuses, ele tinha poucas características humanas.

Os deuses ficaram surpresos com tal fato, afinal o normal seria que o feto adquire-se tanto às características humanas como as dos deuses, seria normal claro a criança ser poderosa, afinal o pai desta não era qualquer deus, era poderoso deus Odin.

— Ella a humana teve o acompanhamento constante durante a gravidez, o ser humano é frágil, tal fragilidade multiplicou-se nos sete meses de sua gravidez, ela não aguentou mais tempo e minha filha nasceu — Os deuses puderam ver o orgulho na fala de Odin, como se apesar de ter um filho com uma humana não bastasse ele estava orgulhoso de tal fato.

— Isso não explica o motivo que escondeu este fato dos outros deuses — Zeus falou seriamente.

Odin suspirou, como explicar que ao pegar a menina no colo seu coração encheu-se de um amor puro, ele desejou proteger aquele ser de tudo que pudesse lhe fazer mal.

— É a minha filha, você não faria qualquer coisa para proteger seus filhos?

Zeus ergueu as sobrancelhas e falou em tom mais ameno

— Certo, você apaixonou-se por sua filha, entendo.

Odin fixou seu olhar para Zeus e continuou a falar.

— Meus filhos sempre souberam disso, Alissa foi criada como deusa, longe dos humanos, apenas Brunilde sabia de sua existência, foi uma figura feminina de autoridade que Alissa teve.

— Então ela foi criada pelas valquírias? — Zeus perguntou curioso.

Thor tomou a palavra explicando simplesmente.

— Alissa foi criada em segredo, as valquírias não sabiam de suas origens, apenas foi lhes dito que ela era uma semideusa, ela teve o ensinamento que todos os deuses têm, eu mesmo pessoalmente lhe ensinei a lutar — Thor falou orgulhoso.

— Então que poder ela possui? — Shiva perguntou começando a interessar-se, afinal ele seria um dos que possivelmente iria desposá-la.

Odin olhou-lhe seriamente, pelo andar da conversa teria que entregar sua preciosa princesa a um desses boçais.

— Alissa é semideusa da natureza, tem controle sobre tudo que a envolve — Odin disse simplesmente.

Odin olhou seriamente a Gaia e Moros perguntando qual a moral de trazer toda a história à tona, afinal tinha várias outras semideusas, por qual motivo a sua filha foi a escolhida, Gaia entendendo a linha de raciocínio do deus tratou de responder sua pergunta velada.

— Simples caro Odin, isso é um castigo para você, afinal escondeu tal fato dos deuses e és um dos participantes do Ragnarok — Gaia respondeu com um sorriso irônico em sua face, Odin respondeu com um ranger de dentes.

— Gaia, seja mais objetiva, afinal de certa forma a culpa é sua — Moros respondeu olhando-lhe com seriedade.

Gaia lhe olhou com indignação e disse-lhe

— Mas era só o que faltava, ele tem relações com uma humana culminando em uma criança e a culpa é minha?

— Mas quem foi que abençoou o ventre dessa mulher? — Moros perguntou com ironia.

Odin olhou para Gaia como que exigindo uma explicação e ela suspirou explicando.

— Um dia antes desta mulher ser escolhida para ser o sacrifício dado a você eu abençoei seu ventre, ela era uma devota minha também, tinha o sonho de ser mãe, mas não podia ter filhos, irônico o fato de que ela foi ter filho justo com um Deus. Você não conseguiu interromper a gravidez pelo fato de que não deixei.

Odin levantou-se da cadeira furioso olhando para Gaia e lhe disse.

— Tem noção do que fez?

Gaia sorriu irônica.

— Ora eu permiti-lhe ter sua amada princesa.

— Vamos ao que interessa a reunião, Alissa será a noiva Odin, afinal ela é especial suficiente para isso, pergunta-se o motivo de sua filha ser tão poderosa eu lhe digo não é apenas pela sua linhagem, eu lhe abençoei também, o fato dela dominar a natureza venho de mim, talvez por este fato ela não tenha quase nada da humana. Talvez podemos dizer tecnicamente que ela é nossa filha, minha e sua — Gaia falou em tom debochado.

Os Deuses no recinto ficaram abismados ao darem-se conta de tal fato, a semideusa não era realmente uma semideusa, afinal?

— Afinal ela é uma semideusa ou uma deusa?

Gaia olhou-lhe seriamente pensando se ele afinal tinha escutado algo desta reunião.

— Ela é filha da humana, ela apenas não conseguia manter as gestações que tinha, eu apenas lhe dei a benção tornando seu ventre fértil, ao fazer isso posso ter passado alguns poderes a ela, mas isso deve-se ao fato de seu pai ser o Odin.

Odin olhou sério de Gaia para Moros e perguntou:

— Se não concordar com este arranjo o Ragnarok acontece e vocês apagam nossas memórias desta reunião?

— Sim, os efeitos de mexer com as linhas do tempo podem ser catastróficas, vocês não devem saber que ocorre nas lutas se insistirem com o Ragnarok, tem apenas dois futuros: o que ocorre o Ragnarok e o que ocorre o casamento — disse Moros.

— Então por qual motivo vocês vão escolher o noivo? Vocês já não sabem quem é? — Hermes perguntou com curiosidade.

Gaia olhou feliz para Moro que suspirou e tratou de explicar a situação.

— Quando vocês escolhem a linha de futuro que vai acontecer o casamento, existem vários possíveis noivos, este futuro não está gravado, portanto, não podemos dizer com certeza quem seria o noivo.

Zeus tomou a palavra, em sua mente tinha apenas um caminho, o do casamento, seria um modo de voltarem atrás com sua palavra sem ferir o ego dos deuses.

— Certo como presidente do conselho eu lhes pergunto o que vocês votam?

Os deuses estavam parcialmente divididos, era duro para seu orgulho voltarem atrás com sua palavra, ao mesmo tempo, o resultado era unânime, teria o casamento.

— Brunilde vá buscar a Alissa e traga-a aqui — Gaia lhe ordenou e observando a cara fechada de Odin tratou de responder.

— Não, sua preciosa filha não sabia desta conferência, estou ordenando que Brunilde lhe busque, pois é a única que sabe onde ela está.

— Brunilde não lhe diga nada, deixa que eu explico tudo aqui — ordenou Odin.

Brunilde lhe fez uma reverência e saiu da sala indo imediatamente para Asgard, pensando ironicamente como nunca notaram o fato de que a semideusa que ficava sempre a sua volta era filha de algum deus dali. Ela é contra este contrato, mas analisando os fatos seria uma melhor alternativa a todos, ainda mais pelo que o futuro reserva, gostava muito de Alissa e esperava que ela aceitasse tal acordo, afinal se ela fosse contra Odin jamais a obrigaria a cumprir o acordo.

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