Breno tinha uma dúvida. Como seria ter algo no cu?
Tomado pela curiosidade excruciante ele logo pegou a primeira coisa que viu e enfiou profundamente em seu cu, em um perfeito movimento retilíneo uniforme.
A sensação foi estranha, um misto de medo, amor, prazer e dor. Era uma sensação nova, única, inacreditável, mas Breno já estava tendo o bastante e decidiu que era hora de retirar o objeto de seu ânus, com um igualmente perfeito movimento retilíneo e uniforme.
Ele tentou com todas as suas forças retirar o objeto, mas parecia que seu cu estava indo junto. Achou estranho. Teria prolapsado?
Nesse momento Breno viu, com horror, a verdade no reflexo da janela: havia enfiado um tubo inteiro de superbonder no ânus. E se horrorizou mais ainda quando, olhando em direção ao chão, viu a tampinha da super cola repousando.
Caralho, colei todo o meu cu!!!!
Junto com o medo, Breno ficou com vontade de cagar de terror. Havia cinco dias que não cagava e provavelmente seu intestino explodiria frente a pressão de tanta merda de uma vez.
Breno olhava para o seu reflexo e pensava com as suas entranhas: seria melhor ir para o hospital com o cu estourado, ou com o cu fora do corpo?
Breno então tomou a decisão derradeira e puxou com toda força que já lhe falhava por causa do desespero. Gritando, suando, lacrimejando, sangrando e gozando, Breno finalmente consegue arrancar, com muito pesar e arrependimento, o tubo de superbonder que havia virado um só com seu ânus.
Breno gritava e chorava como se estivesse parindo um misto de carne esticada, cola, merda, sangue, dor e desespero.
Escutando os gritos e berros desesperados, a avó de Breno entrou no quarto e olhou para a cena desesperançosamente.
- De novo, Breno? Vamos ter que chamar os bombeiros mais uma vez.
E nesse momento, Breno se lembrou: era a quinta vez essa semana, mas o trauma fora tanto que com o mecanismo de defesa seu cérebro havia apagado qualquer resquício de memória.
Devido a tanto sofrimento, Breno mal consegue ter percepção das coisas, apenas distingue poucas formas, sons e sensações incompreensíveis pela razão humana.
Dor.
Trauma.
Breno olhava, com a bunda toda arregaçada, pro teto do hospital enquanto sua consciência gradativamente dava lugar a uma outra, esvaziada de memórias, totalmente limpa, sem cola e sem merda.
Breno tinha uma dúvida...