Este sentimento pode ser único e exclusivo da minha pequena cabeça confusa, mas ando num período de congestionamento. As palavras que antes valsavam na ponta da minha caneta agora pouco andam, talvez meus passos estejam ultrapassados ou são insuficientes para acompanhar o ritmo. Talvez me falte técnica.
As ideias e os assuntos borbulham em minha mente, como um copo de refrigerante extremamente gaseificado no qual o gosto só eu consigo sentir. Talvez devam ficar engarrafadas?
Escrever gira engrenagens que me permitem expressar meus sentimentos sem precisar dar explicações. Me preocupo, talvez de forma exagerada, mas não quero enferrujar. Tento continuar, receosa por não saber o limite que não me fara cansar. Conquista e frustração caminham perigosamente juntos, tanto uma quanto outra são capazes de modificar as estantes de minha mente, não quero ter que descartar livros.
Escrevo isso num bloco de notas, o medo da vontade escapar da ponta do lápis torna as palavras ilegíveis, consigo sentir a latência de cada risco, traço e pingo, minha essência derretida em grafite.