— Eu não sei porque me sinto enganada. — Ana disse, segurando com força as correntes do balanço como se fosse cair a qualquer momento.
Samantha a fitou com seus olhos grandes, mas não com um olhar penetrante; mantinha um olhar cúmplice.
A culpa foi minha dessa vez, quis dizer, mas continuou com seu picolé de limão.
Samantha se balançava devagar com os pés, enquanto Ana ia alto. O rangido do brinquedo ressoava pelo silêncio desconfortável. Longos minutos em que nenhuma palavra foi dita mais tarde…
— Acho que já sei porque me sinto enganada: — Abruptamente para o balanço. — porque você me enganou.