Você me encurralou com seu jeito espalhafatoso de ser. Eu sempre odiei pessoas que riem alto demais, mas agora o silêncio me soa tão vazio sem os agudos de suas fáceis e sinceras gargalhadas.
Você me faz sentir como se entrasse numa rua sem saída, daquelas bonitinhas e cheias de paredes com tijolos. Claustrofóbicas, invasivas, mas em que o aperto tem uma sensação reconfortante de casa em meio ao desespero.
Quando vejo teu olhar não tem volta, Martim, é causa-efeito; é feito olhar para o sol (você vai se cegar). E eu me ceguei em você e no teu sorriso-estrela-maior.