Dona Inácia sabia por experiência própria que um estrondo alto, seguido de um silêncio absurdo, finalizado com uma correria desesperada no andar de cima não era um bom sinal. A idosa largou a forma de bolo em cima do balcão e começou a caminhar em direção a sala de sua casa com sua bengala. No intervalo de seus passos, ela não havia escutado qualquer movimentação, o que a fez pensar em duas possibilidades: ou foi algo insignificante que caiu, ou havia sido algo chocante o suficiente para paralisar a todos.
Quando ela chegou na porta que dividia a sala e a cozinha, ela viu o braço de um dos garotos estirado no chão.