A noite estende
O seu manto de escuridão
Sobre a grande cidade
Com o céu mutilado
Sem o brilho das estrelas
Que agora se tornaram
Lembranças vagas
De memórias antigas
Esta metrópole não dorme
Nem mesmo sonha
Tem olhos abertos
Em uma eterna insônia
De sepulcros de tédio
Vampiros ganham as ruas
Atormentados pela solidão
Sedentos de aventuras
Em cantos devassos
Consomem a carne nua
Ignorados pelos olhares
Cansados e vencidos
De trabalhadores noturnos
Teimosamente inspirados
Em reviver pontualmente
Sua esperança moribunda
A cada amanhecer.