Águas Profundas (Em Andamento)
Esfinge
Usuários Acompanhando
Tipo: Romance ou Novela
Postado: 18/06/22 15:54
Editado: 19/06/22 21:22
Qtd. de Capítulos: 19
Cap. Postado: 18/06/22 15:54
Avaliação: 10
Tempo de Leitura: 7min a 9min
Apreciadores: 1
Comentários: 2
Total de Visualizações: 805
Usuários que Visualizaram: 7
Palavras: 1136
Não recomendado para menores de dezoito anos
Águas Profundas
Notas de Cabeçalho

Olá, meus amores! Depois de muito ler novels chinesas e manhwas coreanos com homens- bestas, bestas mágicas e etc, alguns personagens nasceram na minha cabeça e resolvi criar uma história de minha total autoria, com tudo que eu desejo ler - Ação, suspense, violência e lemon mto lemon ( sem censura! pq não aguento mais)

Enfim, Boa leitura!

Capítulo 1 Capítulo 1

Aydan caminhou pela trilha estreita da floresta escura, a única luz vinha de sua lamparina. A cor dourada ressaltava sua túnica vermelha, tornando a cor gritante. Ele chegou no local de oferenda e colocou seu tapete na pedra crua, o cio o deixava ofegante, suor brilhava em seu rosto e seu corpo fervia aos poucos como água posta ao fogo. Nessa altura, seus feromônios podiam ser sentidos pelos outros alfas.

Aguardou impaciente que seu companheiro chegasse, mesmo que não gostasse de criar expectativas, no fim a espera o deixava à beira de nervos. Ouviu um leve farfalhar de plantas e seu coração pulou no peito. Uma besta espiritual saiu dos arbustos e parecia ser uma espécie de puma, o corpo é claro, era três vezes maior que um animal comum.

O alfa chegou perto e sentiu o cheiro, liberando também o seu próprio feromônio. O cheiro chegou ao seu nariz como um balde de água fria...Não era ele, mais uma vez não era.

O felino também reconheceu que aquele não era seu companheiro e não dispensou nem um segundo olhar para o ômega, desaparecendo na mata.

Ele não se sentia ofendido por isso, aquilo era comum depois de sete anos.

Levantou da sua posição puxando o tapete e pegando a lâmpada. Aquela era apenas mais uma descida na montanha e no fracasso.

O retorno ao templo foi rápido. Ele não viu nenhum irmão seu e isso era melhor. Iria direto para o quarto e deixaria o olhar de pena para amanhã.

− Aydan?

Ele ouviu a voz cansada do mestre e parou.

−Sim, mestre?

− Vejo que foi mais uma busca infrutífera, venha tomar uma xícara de chá comigo.

Aydan seguiu o senhor com vestes de sacerdote e que aparentava ter oitenta anos. Na sala revestida de bambu, o bule de chá na mesinha soltava um leve vapor.

O senhor sentou nas almofadas e serviu a xícara com chá de ervas com inibidores. Aydan suspirou e bebeu o líquido conhecido, deixando apenas os galhos e folhas.

O senhor pegou sua xícara com calma e examinou o conteúdo.

− Eu não entendo...ainda posso ver seu companheiro, seu espírito brilha como uma chama.

− Pai, eu não quero mais esperar por ele. O senhor sempre diz que consegue vê-lo, mas então por quê ele não vem me encontrar?

Ele respirou fundo, já tinha tido aquela conversa milhares de vezes.

− Filho, eu não tenho como prever o futuro, e mesmo que pudesse, não te diria. – O velho largou a xícara na mesa. − Nós não sabemos o local do seu nascimento, existem tantos templos e esse continente é gigantesco. Sabe-se lá onde seu companheiro o espera.

− Pai, eu não quero sair por aí sem rumo, o senhor mesmo me contou o que eles são capazes de fazer com ômegas como nós. Quantos grupos de ódio eu encontraria na estrada?

− Eu sei, é muito perigoso.

− O senhor sempre me disse que "O que nos pertence, sempre achará um meio de chegar até nós" talvez nós não nos encontremos nessa vida. De qualquer forma, existem muitos homens humanos que poderiam me fazer feliz e se eu não encontrar ninguém, eu irei assumir o seu lugar no futuro.

− Aydan... seu corpo nunca ficaria satisfeito, você também vai abrir mão de ter seus próprios filhos? Você não poderá gerar uma vida com um humano comum.

− Eu sei, eu sei de tudo isso, mestre! Mas o senhor também não pôde ficar com o seu companheiro e nos adotou como seus filhos, não foi? O senhor se arrepende?

O senhor levantou-se e foi até o seu lado, segurando seu rosto com as mãos enrugadas.

− Nunca! Vocês são a melhor coisa que me aconteceu, desde o meu companheiro. Um verdadeiro presente dos céus! E eu só desejo que vocês todos sejam felizes.

Aydan não aguentou mais segurar as lágrimas e abraçou o mais velho com força.

− O senhor também foi o meu presente, meu pai não poderia ter escolhido um templo melhor. Obrigado!

− Pronto, pronto. − Ele afagou seus cabelos castanhos. − Não chore. Agora vamos para cama, amanhã acordamos cedo.

− Hmn, mas acordamos cedo todos os dias. − Aydan torceu a boca e ambos riram.

Após se despedir de seu pai e mestre, Aydan seguiu até seu quarto. Por ser o mais velho ali, ele era o irmão que tinha o quarto maior. Ele lavou o rosto e tirou a roupa da cerimônia. Não iria mais usar aquilo, não importa o que o seu pai dissesse. "Se meu companheiro quiser me conhecer, ele que lute" ele não vai mais subir montanha nenhuma.

Ele deitou na cama puxando as cobertas e algo gelado tocou em seu corpo, o assustando.

− Ayou! − ele levantou as cobertas e uma serpente negra colocou a língua vermelha para fora.

− Ah, então é aí que a bonita estava, muito obrigado pelo apoio hoje, Zara.

Zara era uma serpente que Aydan tinha encontrado na floresta quando tinha doze anos, seu pai disse que ela era uma besta espiritual de nível baixo, porém mais venenosa e perigosa que uma serpente comum. Ele tinha dito para Aydan se desfazer dela, mas Aydan tinha achado ela tão linda e fofa, que a escondera em seu quarto. Assim eles eram amigos há mais de uma década.

A cobrinha o olhou por um tempo e depois foi para o seu lado da cama.

− Cínica! Você só aparece para dormir comigo.

Aydan ajeitou o travesseiro e aproveitou para pensar na vida, antes que o sono viesse.

Nesse mundo de alfas, ômegas e betas, alguns seres humanos nasciam com um sinal vermelho na testa em forma de gota, isso significava que eles eram a outra metade de uma besta espiritual, animais com poderes mágicos, inteligência e força. Capazes de até mesmo adquirir a forma humana.

A razão de alguns seres humanos nascerem destinados a eles era um mistério. Tudo que se tinha eram teorias e especulações.

Os antigos profetas decidiram criar um templo para receber as crianças que nasciam com esse sinal, já que muitas famílias não aceitavam o fato de ter um filho, cujo um dia, uma besta bateria em sua porta e o arrebataria.

Assim, as crianças eram entregues e viviam entre os monges até o seu desabrochar, onde esperariam até a vinda de seu alfa destinado.

Fazia sete anos que Aydan esperava seu alfa destinado e ele nunca apareceu, ele tinha até cogitado a ideia de ele ter morrido pela mão de cultivadores, mas seu mestre era sensitivo e podia ver fragmentos de seu futuro nas folhas de chá, e até então, seu parceiro seguia vivo, onde estivesse.

Ele estava cansado desse assunto e cansado de esperar. Agora o que ele mais desejava era viver em paz e ter uma vida tranquila ali.

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Notas de Rodapé

Essa história será longa, então com o tempo eu irei explicando mais sobre esse universo alternativo.

Qualquer dúvida sobre o enredo, é só comentar :)

Comentários me contando o que estão achando tbm me motivam a escrever e deixam essa autora feliz.

Essa história também está sendo postada em mais duas plataformas de leitura: Spirit e Wattpad.

Bjos de purpurina pra vcs!

Apreciadores (1)
Comentários (2)
Postado 18/06/22 17:47

Primeiramente, você é uma deusa por postar mais de um capítulo junto; segundo: Meu Deus do céu.

Eu sou apaixonada por Alfas, omegas e betas e você teve a capacidade de escrever tão incrivelmente bem que acho que estou apaixonada, muito obrigada.

Postado 14/10/22 19:46

My God, vi nas tags gravidez masculina!!

Essa história vai vir com tudo kkkkk

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