Ao despertar do relógio, meu cérebro ativa meu corpo e aflora meus sentidos. O prazer de dormir é substituído pelo desprazer de acordar. Evidentemente que eu gosto de viver o dia intensamente e aproveitar o tempo acordado, mas o sinal sonoro somente indica um dia repleto de atividades indesejáveis.
No terceiro soco, desativei meu relógio. O som desagradável foi substituído pelo calmo barulho de chuva, perfeito para dormir. Com dos mais irônicos dos sorrisos expressei em duas palavras toda a minha fúria com a situação: “que merda!”
Como de costume, me levantei, rumei ao banheiro e olhei-me no espelho: “Graças a Deus que essa coisa feia é só meu reflexo, porque se fosse eu, já tinha marcado com um cirurgião plástico.” Tentei mudar, novamente, minha cara com um banho rápido e frio, mas somente consegui me acordar.
Já na cozinha, liguei a televisão e em seguida procurei por mantimentos na geladeira: “Cadê o pão? Cadê o queijo? Porra, cadê tudo?!” Mal podia acreditar que tinha esquecido todas as compras do dia anterior no carro: “Como posso ser tão burro?!”
Com a fúria crescente em mim, comi algumas bolachas velha para acompanhar um copo de café preto: “Que coisa mais ruim!” No entanto, minha refeição estava melhor que a situação daquelas pessoas que tornaram-se motivo de uma série televisiva.
Inclusive, aquela série me chamou bastante atenção: “Por que diabos essa série dominical tá passando durante a semana? Hoje não é sexta-feira?” Abri o calendário do meu celular e vi que não era sexta-feira. Era domingo. Calmamente, coloquei meu celular sobre a mesa, levantei-me e dirigir-me ao meu quarto.
“Que merda!” — foram as palavras com qual expressei minha fúria. Provavelmente alguns vizinhos ficaram furiosos comigo. Meu cachorro acordou e me ofendeu com seu olhar. No entanto, não me preocupei com isso. Até que foi prazeroso voltar a dormir de terno e sapato e com o sentimento de idiota me corroendo.