Hoje é sexta feira treze, e eu estou com medo.
Estou com medo pois estou sem você no peito. Tu matastes por completo, não a mim, nem a ti, mas você em mim. Envenenou-me de uma água que sempre bebi, mas com o tempo, entendi que haveriam outras fontes. Mesmo assim, sigo ociosa, se me mover agora estarei numa encruzilhada, sem ter para onde olhar. Logo eu, que jamais passei debaixo de escada nenhuma, fui ter o azar de te encontrar.
Hoje, sigo buscando afeto em cantos separados, aqui e ali, e num gato preto. Nunca fui muito supersticiosa mesmo.