Como o sol e lua, estamos em uma dança eterna. Nós nos aproximamos, escurecemos o céu e fazemos um ao outro brilhar. Entre um extremo e outro as nossas mãos se tocam, então nos abraçamos novamente, como se fosse o fim do mundo.
Estou embriagada por este sentimento, obcecada por você. Mesmo quando nos afastamos, me sinto como uma mariposa voando em direção a única luz na escuridão, quando os raios de sol desaparecem no horizonte. Eu não tenho receios, estou cada vez mais atraída por este resplendor.
O que eu posso fazer sobre você? Mesmo quando nos jogamos em noites silenciosas e sem estrelas, basta apenas um sorriso para que nossa luz reflita na superfície límpida um do outro. Este é um jogo que não sabemos jogar, ao menos não pelas regras.
Ninguém pode compreender o nosso amor, as promessas como oração, as mentiras adormecidas, carregadas de verdades nas faíscas dos nossos toques. Tristes e desorientados sem o outro, nos agarramos na segurança e no controle que isso nos traz. O amor nos fragiliza, nos faz rachar em milhões de fragmentos. Tocando cada fragmento como uma nova felicidade, podemos começar quantas vezes forem precisas, porque nós não conseguimos chegar a um final.
Nossos beijos de adeus nunca são os últimos e nesse infinito nós nunca nos repetimos. Nosso amor não acaba mesmo depois que termina. Estamos sempre agarrando um fio de luz, caminhando em direção a um novo futuro. Somos dois tolos, mergulhados na essência doce e viciante destes sentimentos egoístas. Somos uma rosa dolorosamente linda, nossas cores e espinhos brilhando solitariamente sob a luz do luar.
Não olhe para o que fomos, vamos ser o que somos agora, as lágrimas já partiram, restam apenas as faíscas destes sentimentos ávidos. Lembre-se para sempre de todos os nossos abraços, nossos sussurros sob a mágica do céu escuro. Mesmo depois de tudo, continuamos sorrindo um para o outro. Sendo verdade ou mentira, nós podemos ser ambos. Como posso deixá-lo ir afinal?
Não tenha medo desta escuridão, nossos fogos de artifício vão iluminar o céu. Mostre-me o seu amor verdadeiro. Deixe que o festival comece. Venha, agarre a minha mão, sinta a fagulha que diz que nós vamos ficar bem.
A luz suave do pôr do sol ilumina nossos rostos. Sob uma única luz, duas metades.
Está tudo bem.
Hesitantemente, nossas mãos tocam-se novamente, e, como se fosse o fim do mundo, as faíscas surgem e o céu escurece.