Já faziam algumas horas que ele caminhava a passos pesados, as botas sujas de lama e sangue. Sua capa, antes estampada com um nobre brasão, manchada com excrementos de criaturas vindas do inferno.
Sim, voce ouviu corretamente.... bosta de demônios....
Era sua vida e sua maldição. Caçar esses seres e enviá-los ao lago de enxofre ardente ou qualquer outro lugar que tenham saido.
Ryan se recostou sobre uma velha árvore retorcida. Qualquer lugar servia. Sem dinheiro, sem comida e sem descanso...
_ Deus ou Odin ou qualquer outro me odeiam.
Um rugido sonoro. O eco do inferno. E uma voz maliciosa:
_ Hoje vamos jantar mais cedo....pobre humano. Essa floresta é no..
Antes que a frase fosse concluída uma faca atravessou a garganta da criatura, que ficou agonizando no chão.
_Não se preocupe- disse Ryan- não está consagrada. Carne infernal não faz o meu gosto, mas preciso comer. Mesmo um lixo como você.
Uma outra criatura salta. Um chicote se enrola em seu corpo, a imobilizando. Ela geme de dor:
_ Quem é você seu humano no...
Uma faca atravessa a garganta da criatura.
_ Respeito aí, senhor bicho feio. Palavras obcenas não são legais...
Ela recebe um chute, desmaiando.
_ Seu mestre não cuida bem de vocês ou não seriam tão descuidados. Agora serão úteis.
A chuva começava a cair. Ou seriam suas lágrimas.
Uma árdua tarefa, um nome a carregar ou apenas uma maldição?
Ryan sinceramente não se importava.
Era um caçador solitário.