Ela gemia em meus braços enquanto maculava o seu corpo de forma rápida, da maneira que à agradava, enquanto suas mãos passeavam, hora se segurando, acariciando, hora me punindo ou extravasando as sensações que estava sentindo, eu curtia cada uma delas.
Estar nela era extremamente prazeroso e inebriante, me sentia poderoso enquanto a pequena flor de Lótus se contorcia embaixo.
Ela era a pureza e eu o lodo que a cercava, a circundava e insistia em querer manchar tudo o que ela repudiava e lançava para longe de si.
Eu jogava baixo, tudo para que pudesse beber do néctar daqueles lábios que faziam esquecer do quão errado éramos. Eu não merecia o amor da minha pequena flor, mas ela era a promessa de renovação, vida e salvação. E como a Lótus que era talvez ela pudesse repelir o lodo que me cercava e na beleza da sua cor vermelha de compaixão pudesse haver alguma situação para o nosso amor.
Nem tudo é como desejo, a pequena flor Lótus que um dia me prometeu elevação, se tingiu de vermelho e mergulhou para sempre no lodo do lago, e eu só poderia seguir o mesmo caminho, enquanto seu marido apertava o gatilho.