Amou sem fronteiras, cuidou e zelou sem esperar algo em troca, se doou de maneira intensa, e como o fogo que era se deixou abalar pelas águas que eram dele?
Seu amar foi da maneira mais intensa e sem reservas e assim suas chamas foram apagadas, seus olhos em lágrimas e seu coração em brasas. Foi o que restou quando ele disse adeus.
Do que adiantou ser uma força da natureza se apenas deixou ser moldada nas forças das águas do mar aberto? Sofreu com a erosão, desgastes, formas e praias, e de uma hora para outra aquele que a rondava e banhava apenas recuou, transformando tudo que era vida em um completo deserto em exaustão?
Metáforas não seriam capazes de descrever a realidade que o tempo fez, e sabemos que talvez nada devesse ter restado para aquela que fora como Gaia, mas ela era como a força da natureza, capaz de se reinventar e se reerguer, ela era fogo, terra, ar e a própria imensidão aquática e não existia amor maior que o que sentia por si mesma.
Mas ela tinha o melhor dos amigos, o tempo, aquele ser capaz de recuperar os danos e fazer a evolução das espécies, essa teoria sempre se mostrou tão certa quanto verdadeira, assim como amar e deixar esse ciclo recomeçar, de novo, de novo e de novo.
Até o fim dos tempos.
Ou até quando a conexão discada da internet não caísse e suportasse que ela ficasse logada na sala de bate papo da uol.