Fim Do Mundo (Em Andamento)
Guilherme Isaac Thomas
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Tipo: Romance ou Novela
Postado: 10/05/21 05:30
Gênero(s): Sobrenatural
Qtd. de Capítulos: 1
Cap. Postado: 10/05/21 05:30
Avaliação: Não avaliado
Tempo de Leitura: 6min a 8min
Apreciadores: 4
Comentários: 4
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Palavras: 1009
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Fim Do Mundo
Capítulo 1 Regressando

Anoite caiu apressada, e eu ainda caminhava cansado. Não dera certo a entrevista que tanto me esfolara nos ensaios, era última oportunidade das quais outras foram perdidas de igual modo. Talves não tivesse sorte, ou fosse minha personalidade miúda que dava má impressão para os entrevistadores, porque sentia seus álibis de reprovação, logo que me olhavam de primeira, era algo estampado em mim, impossivel era mesmo evitar.

As horas correram, e a noite cobriu a estrada por onde ia, em certos instantes cruzava-me com uma ou duas pessoas andando apressadas. Assim que me distanciei da última pessoa, pois eu vi que era uma senhora, carregava uma enorme trocha em sua cabeça, e atendia seu bebê que soluçava no silêncio da noite. E odiei pensar nas possibilidades de ser agredida, pois que os malfeitores já estariam de plantão, esperando para se apoderar nas graças de quem passasse.

De repente foi tudo claridade quando vi, uma faísca de luz que desnudou a noite, e meus olhos acenderam de igual precisão. Asseguir senti um estrondo forte me revirar abruptamente pelo ar, e cai deitado sem reação. Oque sucedeu depois, foi nada, apenas um vago silêncio, uma pausa no tempo.

Gritos e choros ecoaram na minha cabeça, movi-me. Aos poucos acordava para o real, oque ouvia, jamais eram choros, era mais que uma tormentação podia causar, era horroroso de ouvir. O frio percorreu-me a espinha e atiçou-me o medo. Abri os olhos, tudo que vi foi escuridão de proporções maiores, ainda era noite, me dei conta. A alguns metros de distância, ouvi chorar aos berros o bebê, e sua mãe guaguejar enfadonha, oque quer que fosse, a afectara também. Tinha que fazer algo para ajudar. Apalpei a estrada, tentei aproximar-me dela, e não tive sucesso, ela me deteve antes mesmo que chegasse perto, e parei em obediência. Em meio ao curto tempo, deu para vêr ela correndo, em fuga, e desapareceu. Se ela entendesse minha intensão, não fugiria de mim daquela forma, aterrorizada. Me convenci que ainda bem que podia correr, pelo menos estaria salva se usasse o recurso na hora certa.

Fiquei ali tentando perceber o resto. Percebi que o fenómeno atingira a maioria, que lamentavam em prantos. Fiquei assustado. Pois aquela hora, os meus pais ja deveriam ter presenciado o evento, e eu ainda fora de casa, claro que se preocupariam, e sairiam a minha procura, em meio à aquela escuridão. Se talvez estivessem vivos.

A aquela altura já tinha percorrido uns vinte quilómetros desde a universidade, e faltavam mais vinte para chegar em casa, oque então não seria tarefa facil.

Eu tinha que prosseguir de qualquer das formas. Andei uma certa distância, apalpando a estrada, que já não era. Aquilo era uma superfície de burracos e escavações. Certos momentos me via subindo e descendo em movimento contínuo. Cheguei num certo ponto, depois de ter caminhado muito, as expectativas de encontrar minha casa e meus pais, começou a diminuir. Se fosse um daqueles dias normais, já teria estado em casa, repousando, dormindo sereno, fazendo tudo que o conforto da paz, pode oferecer de melhor. Mas nem foi o caso, e nem dava para enxergar, oque havia para mais além, tudo o resto era só escuridõo, não havia horizonte, nem outra margem.

Senti ar quente me flagrar, e percorreu-me o corpo, era estranho sentir aquele sopro morno. Sem perceber, estava numa espécie de penhasco, a têrra tinha se acumulado firmemente em algumas partes, formando grandes elevações. Eu que não sabia.

Aquela brisa quente e forte me encomodava, tinha que prosseguir para recuperar o fôlego. Dois passos para afrente, vi-me cambalear, afrontando-me com árvores, as folhas se alisavam por todo meu corpo em queda, até sentir uma dôr imensa, quando bati-me nas extremidades de um arbusto. Fim da cambalhota.

Estava deitado sem reação novamente, uma pausa no tempo, quando pendi a respiração, a dôr aguda percorria-me todo. Temi ter que morrer, sozinho, longe de casa, meus pais não saberiam aonde me achar. Por pensar naquilo, escorri lágrimas, e correram em fio nos meus braços. Queria que pelo menos amanhecesse, o sol nascesse, o vento do dia soprasse, e vêr meus pais perto de mim sorrindo, como sempre faziam, em harmonia.

Ainda deitado, chorando. Vi raios de luz se projectar entre as folhas, bateu-me bem forte o peito, me levantei instantaneamente, e corri o mais rápido possível para alcançar aquela claridade, que eram gente. Aos sobressaltos, minhas mãos na frente abrindo passagem entre as folhas, e quem quer que estivesse do outro lado, podia notar algo se aproximando. As luzes que via, eram tochas ardendo quando cheguei perto, e antes mesmo que alcancasse, senti minhas pernas apertar-se, impossibilitando meus movimentos, e cai de bruços, sem demorar, todo meu corpo atou-se entre as cordas, no mesmo instante, vi-me de cabeca para baixo, baloicar em movimentos de vai-vem.

Surgiram entre as folhas, segurando estacas pontudas, afiadas, apontando para mim, outros seguravam lanças e flechas. Quando vi, eram completamente diferentes daquilo que esperava que visse. Para meu espanto, quando chegaram perto de mim, murmuravam em língua estranha, que desconhecia. Vestiam mantos, seus rostos não me pareciam familiares, nunca tinha visto antes, era outra espécie de humanos, se assim fossem.

Envão, reagi na tentativa de me soltar, e balancei. Me olhavam fixamente, parados, apontando suas armas para mim. Temia em ser presa de uma caçada já terminada, mas se fosse aquele o fim da caçada e ali estava o animal, então porquê ninguím se preocupava com os preparativos?

― Ajuda. Me soltem! Gritei desesperado.

E nada, nenhuma reação da parte deles.

― Quem são vocês? Perguntei.

Resposta não saiu. Não entendia porquê me mantinham ali, e eles apenas parados ao redor. Era absurdo. Até que lhes vi abrir espaço, suas atitudes quanto as anteriores, anunciavam que algo amais vinha, e quer que fosse, era superior em relação.

Pude perceber, a lentidão em seus passos quando surgia. O silêncio reinou, alimentantando meus medos, oque estivesse lá vindo, já me torturava antes mesmo de me encontrar, só de perceber o ar em redor, apático, tudo ficou imobilizado, dependendo apenas de sua regência.

❖❖❖
Notas de Rodapé

É com imenso prazer que sinto, por ter um amado leitor como você, que dispensou seu preciso tempo e atenção ate aqui. Que Deus Pai te abençoe obrigado!

Apreciadores (4)
Comentários (4)
Postado 10/05/21 22:45

Senhor Guilherme Isaac, o senhor deixou minha curiosidade bastante aguçada. O que aconteceu? O que são essas coisas? O que irá acontecer com nosso protagonista? É aquilo que proclamam: "só o tempo dirá."

Não vejo a hora de ter o segundo capítulo desta misteriosa história.

Obrigada por nos agreciar com algo deste gênero, meu nobre senhor.

<3

Postado 11/05/21 09:06

Bom ouvir isso, assim me incentiva muito, obrigado Meng!

Postado 11/05/21 09:01

Meu querido xará, seja muito bem vindo à AC.

A estória é interessantíssima e deixa muitas questões cujas respostas espero ter o prazer de ler nos capítulos seguintes.

Meus parabéns e obrigado por compartilhar, Gui! <3

Postado 11/05/21 09:04

Aradeco de coracao!

Me sinto honrado.

Sera um prazer compartilhar convosco, gente amavel...

Postado 13/05/21 11:52

O que mais gostei desse "piloto" foi o jogo de sensações que você faz com o protagonista e óbvio, as perguntas o que houve? Para onde foi? Onde vive? Hahahahaha parabéns bela obra.

Postado 14/05/21 01:38

Realmente hahahahahaha!!!

Obrigado!

Postado 15/10/22 11:11

Achei essa bela obra tão bonita, de um certo modo mexeu comigo!

Obrigada por compartilhar conosco <3