Estava em todos os jornais,
Em letras garrafais;
Em muito mais!
Eles diziam que minha criança tinha uma mente inquieta;
Que não era apenas um simples poeta.
Chamaram de “compulsão insana pela escrita perfeita”
E de maneira alguma ela poderia ser desfeita.
Quando parou de dormir para continuar escrevendo,
Eu me perguntei o que poderia estar havendo.
“Não há uma cura para essa síndrome. Deixe de insistência.”
Falou o doutor, sem muita paciência.
E foi naquele momento que senti toda a minha impotência.
Mas contaram-me que não era uma doença tão incomum
E ofereceram-me ajuda, sem problema algum.
Minha pobre criança tinha uma doença,
Mas para mim, aquilo não fazia a mínima diferença.
O meu amor por ela continuaria sendo incondicional,
Pois eu sabia que nada daquilo era intencional.