Um jovem ruivo cai no afofado gramado de um templo, que ele acredita estar abandonado: — Tudo isso por duas moedas de ouro.
Ele fazia uso de sua jovial voz, enquanto guardava os objetos que havia surrupiado mais cedo, em uma taberna: — Quem está ai?! — um anão perguntava, vindo do templo.
— Sou um desalentado! — Henry exclamava. — preciso da sua ajuda, senhor sarce...
— Sou apenas, Ghautak, o ferreiro. Estou na condição de protetor do templo, mas não sou sacerdote, lamento te decepcionar. — o anão interrompia, coçando sua barba.
— Se o templo está vazio, o que você guarda? — Henry perguntou demonstrando surpresa, por intermédio de sua voz.
— Meu caro desalentado — Ghautak chamava-o. —, não é da sua conta. Saia agora.
Antes de poder ser obedecido, o anão vislumbrou um orc cinzento arrebentar o portão de madeira, depois de bater com o escudo enquanto corria.
A criatura tinha quase dois metros e dez, perto do jovem Henry e do anão Ghautak, parecia um gigante monstruosamente, ameaçador.
— Essa não! — Henry gritou enquanto colocava os dois braços na frente de seu rosto, para se defender de um golpe de clava que o orc lhe desferiu.
Ghautak viu o jovem ser jogado para dentro das imediações do templo enquanto se perguntava: — Armadura espiritual?
O orc era muito hostil e mirava sua ira para o vislumbrado anão, a clava golpearia o protetor do templo, mas o ataque foi defrontado por um antigo machado.
— Se quiser briga, terei o maior prazer em te proporcionar uma!
Ghautak berrava ao mostrar sua outra faceta, ele era tão assustador, quanto o orc.
Enquanto isso, no salão principal do templo, Henry está de quatro, com os braços latejando de dor e uma dor nas costas, que o fez rolar no chão.
— Se não fosse pela armadura espiritual, eu estaria morto! Mas quem...
Ele interrompeu as reclamações, pois viu uma pessoa dentro do templo ao abrir os olhos.
Uma linda mulher, presa em uma árvore, que ficava no centro do salão, ela era linda com traços esguios e uma pele tão branca que contrastava com a armadura que vestia.
— Isso é uma espada? — Henry perguntava ao notar o artefato, que acoplava-se e criava raízes na barriga daquela linda adormecida.
De uma hora para outra, Ghautak foi arremessado para dentro do salão e escorregou ao bater com as costas no chão uma única vez.
O orc surgiu logo em seguida pisoteando o peito do anão, com o pé esquerdo, ele mostrava satisfação e manobrava a clava em suas mãos.
— O protetor do templo! — o grito de Henry ecoou por todo o lugar e ele, já fazia força para retirar a espada da barriga da moça, mas nada acontecia.
Henry então infundiu sua energia espiritual na arma, com uma reação estranha, todas as raízes que prendiam a mulher sumiram. A espada curta, também estava liberada.
— É agora ou nunca...
Henry partiria para uma investida, mas uma mão ao tocar seu ombro, lhe fez hesitar.
Era a jovem que havia despertado e ao deixar amostra uma orelha pontiaguda, revelava sua raça ao seu libertador, uma linda elfa de cabelos platinados tomava sua frente.
— Por ter me acordado — a voz de Prynn era suave. —, permitirei que seja meu lacaio e como sua nova mestra, eu não permitirei que morra nas mãos de um boçal.
Ao ouvir a frase o orc rugiu e partiu para cima de Prynn, liberando Ghautak de ser pisoteado, o monstro parecia estar enfurecido.
— Para uma criatura tão patética — Prynn mirou seus olhos verdes no orc. —, o olhar do rei, deve bastar. Tenha a mente destruída.
Em três segundos, ela ganhou um brilho intenso no olhar, em seis o monstro levou as duas mãos na cabeça e gritou para o céu e por fim, em oito, ele caiu de costas, morto.
Enquanto Ghautak estava caído, Henry boquiaberto, Prynn sorria da maneira mais arrogante que podia, antes de admitir: — Meus poderes continuam na plenitude.