Outra noite propícia para embebedar
A alma cansada, sedenta, excluída,
Vagando aqui dentro, perdida
Em um labirinto vitalício que só parece aumentar.
Tombo após tombo, insisto em cambalear
Pela vida sem lá aquele apego:
Na ressaca das perdas e dos erros,
Julgo-me penetra de onde decida ficar.
Porém, não me permito ficar totalmente sóbrio;
Brindando à minha deriva no mundo,
Embriagado com o que a maioria me oferta:
Fazendo assim de meu coração o copo
Trincado, pesado e imundo
Que com trevas e vazio se completa...