Tresloucada, fissurada, apaixonada pela platonicidade
Então venham e me contem seus finais amargos
Eu quero sofrer com vocês pelas infinitas possibilidades.
Por que só eu enxergo a beleza disso?
Inebriada, cativada pelo subjetivo
Contem-me os sentimentos nunca declarados
Descrevam-me os sonhos nunca vividos
Somente eu vejo a graciosidade de devanear no talvez?
Me deem dias nublados depois de um “fim”
Canções que contam exatamente a “nossa” história.
Perfumes, fotografías, planos sem futuro.
Alimentem-me com as agruras da improbabilidade.
Desolada, arrasada, devastada…
Diga-me que os dias estão chuvosos enquanto choro.
Porque a tristeza de uns é a felicidade de outros.
Mas eu? Eu estou à vontade com a amargura,
Dê-me adagas no seu coração.
Não importa, a dor é linda!
Minha alma poética renasce,
Quando ao fundo da dor minha vida é ceifada.
Só eu vejo a beleza da platonicidade?
As cores dos sentimentos não correspondidos?
As lições nas expectativas não supridas?
Só eu encontro conforto na dor?