Não é novidade que gosto de contar histórias, agora mais velho, Deus me deu a graça de, sendo paulistano, ter um neto baiano.
Quando nos cansamos de guerrear, conto-lhe histórias de heróis que carregam a nossa cor, gente feito Xico Rei, kangazumba e Zumbi, isso é de lei.
E como, esculpo espadas de madeira, sou obrigado a contar as façanhas de cavaleiros e heróis imortais, como Arthur Pendragón e aquele Jorge da Capadócia, essas são seguidas de ensinamentos de honra.
A que ele mais gosta é a de um certo capitão farroupilha, que insistia em terminar a pérnita do R, na cara do desafeto.
Vai ao delírio e, até fala junto comigo, com o devido sotaque gaúcho:
_"Buenas e me espalho. Nos pequenos dou de prancha; nos grandes, de talho".