Parecia-se apenas com uma noite comum, nossas alianças de prata brilhavam com o reflexo da luz à medida que a cama balançava, fazendo sinfonia com nossa respiração quente, desajeitada.... Ligeiramente risonha.
Ele ia me adentrando com seu grande membro que pulsava quente e molhado, para frente e para trás, minhas pernas estavam tão abertas que eu começava a ter cãibras, nem estávamos totalmente despidos, nem sabia ao certo se ambos ainda queríamos estar ali, um com o outro, atuando, fazendo o máximo possível para dar e receber prazer.
Mas estávamos muito concentrados, de fato.
Eu arfava enquanto minhas costas iam de encontro à parede que parecia uma esponja, sugando os odores, os espamos, os gritos, a umidade...
Minha vagina pingava no lençol, ele me olhava sério, sorridente, boquiaberto, talvez naquele momento estivesse se lembrando da mulher incrível que eu sou, não só por agarrar um pau com tanto desejo e amor, como ninguém antes fez com ele... Mas por ser apenas intensamente louca e instável.
- Isso.... Vai.... Ohh - eu arfava, implorando por mais, muito mais do que ele poderia me dar - Acaba comigo... Isso... Vai... - continuava implorando com uma voz que não parecia mais ser minha.
- Você gosta é...? - ele estocou ainda mais forte, fazendo minha cabeça bater na parede, gargalhamos e nos beijamos.
Fiz que sim com a cabeça, ao encontrar seus olhos colados aos meus, lancei para longe blusa, deixando minha pele à mostra e logo massageando os bicos dos meus seios vagarosamente que se enrijeceram de prontidão, peguei o homem pela nuca direcionando seus lábios e dentes para meus seios que estavam famintos por um toque úmido e gelado daquela língua saborosa.
O homem que eu pensei que amava, abocanhou primeiro o mamilo direito, concentrou-se tanto que doía, chupava meu seio com tamanha intensidade que senti minha alma toda esvaindo-se do corpo, eu flexionava meus quadris por mais pênis, mais pulsação, mais gozo, mais calor, mais estocadas no útero, mais selvageria.
Isso, acabe comigo...!
Não tenha dó...!
Ohhh... Isso, continue, continue me aperte de todas as formas, quero marcas de dedos em meu pescoço, quero perder o ar, quero sangue, quero dor, quero ficar exausta e desmaiar por um milésimo, quero reacordar com o gozo, com um tapa na cara, com um pau na garganta me fazendo revirar os olhos, quero abocanhar seu membro pesado e farto, quero que ele me rasgue, que ele abra um poço em mim, que eu jorre e toda a água do meu corpo saia por baixo, quero secar, quero transcender, quero... Quero... Ohh...
Mas não... Ele continuava apenas no seio direito, de repente o sexo se tornou apenas um desconforto. Eu não queria mais estar ali, me excitava mais pela minha imaginação do que pela realidade.
Foi quando uma mão conhecida, surgiu por detrás dos ombros dele, quase que invisível, a mão afastou o corpo de meu namorado para o lado e alcançou minha boca, chupei aqueles dedos, como doces de caramelo, logo, aquelas mãos começaram a passar por todo meu corpo, eram grandes e grossas, geladas, misteriosas, meu namorado não parecia perceber que havia mais alguém ali.
Meu par de olhos abismado, pousou no par de olhos do homem estranhamente conhecido, os olhares se devoraram em silêncio, ele bateu palma duas vezes e as luzes de apagaram como magia, deveria ser pecado ele ter olhos tão bonitos, eu não deveria ser digna de vê-los.
Tudo se tornou infernalmente quente e contagiante.
Eu estava escancaradamente excitada por aquela figura no escuro, que abocanhou meu seio esquerdo, lambendo toda a base, mordiscando o mamilo, ensinando como se fazia, enquanto uma das mãos agarrava minha cintura, a outra massageava meu clitóris em movimentos circulares e lisos, enquanto o pênis do meu namorado ainda estava dentro de mim, a situação me arrancou deliciosos gemidos.
As duas bocas chupavam meus seios, revezando-se com minha língua, beijos safados, beijos misteriosos.
Dois homens, um ideal e o outro, o que eu tinha.
As quatro mãos me colocaram de quatro, estava escuro, pela maciez da pele e da largura do corpo, e do cheiro delicioso de pele, pude sentir que meu namorado estava por baixo, me colocou para cavalgar, me sentei sobre meu membro, ainda duro como pedra, ele abraçou minha cintura, beijou-me o pescoço, lambeu minha orelha, sussurrou algo que não compreendi, mas soube que era bom.
O outro homem, abraçou-me por trás, tirando minha face de perto do meu namorado e trazendo meu pescoço e costas colados junto à seu corpo que era um pouco mais rígido, um pouco mais magro, provavelmente mais escuro - seu corpo desconhecido.
Enquanto meu namorado me fazia quicar em seu membro cheio de veias delicioso, o homem misterioso acariciava-me o clitóris, os seios, a cintura; beijva-me por trás, começou a fazer movimentos circulares em meu ânus, com seus dois dedos e beijando-me o pescoço, pediu para entrar e gemi com um sonoro sim.
Logo, ele me raptou, agressivamente encaixou meu ânus em seu pênis e adentrou-me como nunca antes eu havia sido adentrada, tão dentro... Tão profundamente, apesar da selvageria, não havia dor, o prazer era tanto que eu quase implorava por água, que meu namorado me concedeu ao beijar-me e alimentar-me com sua saliva, beijou todo meu corpo, abraçou-me, sentiu meu cheiro...
Ohhh...
Perfeição!
Aqueles dois pênis dentro de mim, pareciam explodir... As bombadas dos dois, os toques os beijos, o gozo...
Segurando meu ombro, cada qual penetrava cada vez mais forte em minha vagina e ânus e iam gemendo grave em meu ouvido, de repente era como se mil mãos estivessem desvendando meu corpo: pressionando, arranhando...Exausta, me deitei e para minha supresa, os dois se abocanharam em minha frente, suas línguas sambavam dentro do beijo, acariciavam seus corpos, suas peles, lambiam o suor, punhetando um ao outro com uma das mãos, ainda sem deixar de me penetrarem com um dedo ou dois...
Que visão!
Ohhh... Façam mais disso, quero os dois de quatro... Isso, se conectem... Isso... Mais rápido... Isso... Com mais força! Cachorros!
Eles cessaram sua cena e suas duas línguas vieram me visitar de novo, uma fazendo festa no clitóris, outra na vulva...
Eu tremia, minhas pernas não conseguiam manter-se paradas, enquanto eles continuavam me saboreando, lambendo, beijando, abraçando, sentia ainda seus pênis em minha pele, revezando-se para alcançar meu orgasmo... Sentia o suor deles pingando em mim, o amor deles, ainda que puramente erótico, passageiro.
Me senti uma deusa, uma dona, eu mandava, eu era requisitada, eu era o prato principal... Deliciosa, suculenta, fresca.
Chegamos ao ápice, com um coral de gritos. A onda de choque nos mortificou e desaceleramos o ritmo. Todos os meus músculos pulsavam, minha respiração era tão alta e irregular, que meu coração quase falhava, como se fosse explodir, então, gozamos juntos, os três, os quatrocentos, os mil que estavam no quarto.
Cheiro de esporro, cheiro de prazer, cheiro de objetivo cumprido, cheiro de vitória. Espessura grossa, viscosa e quente, caiu em minha boca e eu saboreei doce e amargo em minha garganta, um deles me pegou pelo cabelo e beijou-me a boca, retirando dali também o nectar; o outro, limpou meu corpo tingido de branco com a língua, como se minha pele molhada com gozo, fosse a coisa mais deliciosa a se ter na boca.
Nos deitamos gargalhando, ouvi seus corações pulsando cada vez com menos pressa.
Beijei meu namorado como nunca antes o havia beijado, completamente satisfeita e quando fui beijar o misterioso salvador da noite, ele já havia desaparecido, como se nunca houvesse existido, com o choque de realidade, me recusei a admitir que o conhecia e que o desejava.
Mas a vida continuava nos segundos seguintes, restava meu namorado, eu e nossas alianças de compromisso.
Eu estava tonta, em êxtase ainda sentindo os raios de eletricidade fritando meu corpo, nadando no suor que demarcava toda a cama.
- Boa noite, amor. - ele me beijou e se virou para o lado.
Foi um sonho...
Meu homem perfeito era cinzas, vento, invenção, fantasma... O outro, apenas parecia ter gozado e se esquecido do resto.
Novamente esperei o sono chegar, eu estava atônita, novamente me sentindo uma mulher incrível, domadora de leões, universal, eterna, imensa, profunda, poderosa, retentora de toda a libido do planeta terra...Porém, o ouvi roncar, apenas segundos depois de nossa aventura...
As memórias deste sonho, e os barulhos que minha mente insiste em fazer, em relação à triste realidade que me fode em todos os sentidos, apenas me fazem sentir ainda mais sozinha...