Como amante de creepypastas que é, Donizete (ou Doni para os mais próximos) ficou sabendo sobre um novo estilo de jogo que estaria disponível somente nas lives da Deep Web. Diziam até que cadáveres com máscaras monstruosas grampeadas em suas faces e ostentando todo tipo de ferimentos eram encontrados de tempos em tempos pela Polícia ao redor do mundo e tudo o mais. Apesar da incredulidade, ele sempre achou tudo aquilo bizarro, assustador e intrigante. No fundo, até divertido.
Mas, era tudo invenção de algum Doente daquela tal Academia da Carnificina, certo?
Errado.
Donizete desperta no chão imundo do que aparenta ser um galpão abandonado e mal iluminado, sem fazer ideia de como foi parar ali. Felizmente, não há ferimentos em seu corpo (assim como dinheiro, celular ou algo com que possa se proteger), mas sua cabeça dói e lateja. Conforme o medo crescente e a confusão o fazem vasculhar os arredores com o olhar, ele nota um Tablet ligado e bipando ali perto. Ao se aproximar, consegue ler a seguinte mensagem em letras vermelhas na tela branca:
"G.O.R.E. começou. Escolha seu Demônio Inicial. O Tutorial será realizado em seguida."
Há uma imagem horrenda de cada Demônio disponível dispostas em uma coluna e um cronômetro no final da mensagem, decrescendo um segundo a cada bipe.
São quatro imagens horrendas: a primeira é uma máscara plástica semelhante à face parcialmente derretida de uma tartaruga marinha. A segunda se trata de um rosto infantil feito de madeira e arame farpado. A terceira uma máscara de couro queimado feita para se assemelhar à um lagarto. E a última é uma carranca monstruosa e amarelada adornada com duas fileiras desiguais de dentes humanos formando um sorriso hediondo.
Restam somente trinta segundos agora... E Doni está imerso demais no estado de choque para sequer prestar atenção em tudo aquilo. Então, inexoravelmente o tempo acaba.